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Israel realiza prisões em Jerusalém e Cisjordânia, colonos atacam palestinos

Colonos exibem bandeiras israelenses em Hebron (Al-Khalil), na Cisjordânia ocupada, em 19 de novembro de 2022 [Mamoun Wazwaz/Agência Anadolu]

Forças israelenses lançaram uma série de incursões armadas nesta quinta-feira (24) nas regiões ocupadas de Jerusalém e Cisjordânia, durante as quais foram presos diversos jovens palestinos. Em contrapartida, gangues de colonos ilegais atacaram palestinos em Nablus e Hebron.

De acordo com o Clube dos Prisioneiros Palestinos, soldados da ocupação prenderam ao menos 13 palestinos, levados a interrogatório. Os indivíduos enfrentam alegações de participar de atos da resistência popular contra a violência colonial em suas terras.

Os detidos foram identificados como: Ahmed Ghaleb, de Qaddoura; Wissam al-Rimawi e Mustafa Jaber, de Beit Rima; e Qusai Abu Naim, Abdul Karim Abu Naim, Musa Abu Alia e Karim Abu Alia de al-Mughayer, todos da província de Ramallah.

Na região de Hebron, soldados prenderam Amjad Salhab de Khirbet Qalqis; Saed al-Namura de Dura; e Khattab Abu Mariya, Hamza Abu Mariya e Ahmed Abu Ayyash de Beit Ummar.

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Abu Ayyash foi ferido durante a prisão.

Em Jerusalém, soldados prenderam Muhammad Abdel Latif de Anata.

Segundo relatos, as tropas ocupantes buscavam os responsáveis por dois ataques a bomba em Jerusalém, na manhã de quarta-feira (23).

Outras incursões armadas ocorreram de Azzun, no distrito de Qalqilya, e Husan, na província de Belém.

Tropas israelenses invadiram ainda uma festa da família do prisioneiro Baraka Taha em Mafraq al-Sahib, sul de Hebron. A família comemorava o nascimento de trigêmeos do casal. Sua esposa engravidou por meio de inseminação artificial via esperma contrabandeado da prisão.

Soldados prenderam os irmãos de Baraka, Anas e Rajeh.

Taha, de 39 anos, foi preso em 2002 e sentenciado a 35 anos de prisão. Em 2011, foi libertado; contudo, voltou a ser detido cinco anos depois. Sua sentença foi restituída.

Um menino palestino também foi preso. Montaser Abu Rumaila foi agredido e apreendido por agentes policiais perto do posto de controle de Karantina, em Hebron.

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Colonos extremistas feriram uma mulher palestina em Khirbet Beit Sakarya, sul de Belém. Outra mulher foi ferida por agressões coloniais em Khirbet Beit Iskaria – aldeia palestina cercada pelo bloco de assentamentos ilegais Gush Etzion.

Gangues de colonos atacaram residências palestinas na região de Kasara, ao sul de Hebron. Não há confirmação de baixas ou feridos.

Na aldeia de Burin, sul de Nablus, colonos incendiaram um veículo e vandalizaram uma casa.

Ghassan Daghlas – oficial da Autoridade Palestina (AP) incumbido da pasta dos assentamentos no norte da Cisjordânia – reportou que colonos do assentamento de Yitzhar atacaram a casa de Um Ayman Soufan, destruíram janelas e incendiaram o carro de seu filho, Musab Soufan.

Daghlas confirmou que os colonos tentaram atear fogo na residência, mas foram impedidos por vizinhos e transeuntes. A casa de Um Ayman é alvo regular dos colonos ilegais.

 

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