O enorme volume de escombros, além de explosivos não-detonados, deixados pela devastadora campanha israelense na Faixa de Gaza sitiada pode demorar 14 anos para ser limpo, confirmou nesta sexta-feira (26) Pehr Lodhammar, oficial do Serviço de Ação de Minas das Nações Unidas (Unmas), segundo informações da agência Reuters.
A guerra israelense a Gaza reduziu a ruínas grande parte do estreito território costeiro, com 2.4 milhões de pessoas, deixando dois milhões de desabrigados sob crise de fome e epidemias.
Em informe realizado em Genebra, Lodhammar estimou 37 milhões de toneladas de destroços no território densamente povoado.
Sobre explosivos não-detonados, afirmou: “Sabemos que, habitualmente, há uma taxa de falha de ao menos 10% nas munições de infantaria … Com cem caminhões, estaríamos falando de 14 anos para concluir a limpeza”.
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Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro, deixando 34.262 mortos e 77.229 feridos, além de dois milhões de desabrigados, até então. Entre as fatalidades, cerca de 14 mil são crianças.
Oito mil pessoas estão desaparecidas — provavelmente mortas sob os escombros.
Hospitais, escolas, bairros residenciais inteiros e mesmo rotas de fuga não foram poupados.
Apesar de uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), radicado em Haia, deferida em 26 de janeiro, Israel ainda impõe um cerco militar absoluto a Gaza — sem comida, água, energia elétrica, medicamentos ou combustível.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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