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Polícia da França remove refugiados das ruas para Olimpíadas de Paris

Polícia realiza evacuação de edifício habitado por 450 pessoas, sobretudo refugiados, como preparativo para as Olimpíadas de Paris, no distrito de Vitry-sur-Seine, na capital francesa, em 17 de abril de 2024 [Ümit Dönmez/Agência Anadolu]

Autoridades francesas lançaram uma campanha de despejos de refugiados de diversas áreas na capital Paris, como aparente preparativo aos Jogos Olímpicos de 2024, entre 26 de julho e 11 de agosto.

Nas últimas semanas, policiais e gendarmes foram avistados invadindo e desmontando diversos acampamentos por toda a cidade, incluindo no distrito de Vitry-sur-Seine, na região suburbana do sul de Paris. O acampamento local era o maior da cidade, com 450 pessoas.

Segundo relatos e ativistas, a polícia assumiu tais ações com o objetivo de “limpar” Paris para os Jogos Olímpicos, dentro de três meses. Críticos apontam apreensão sobre o destino, direitos e moradia dos refugiados, novamente sem ter para onde ir.

Conforme os alertas, as autoridades não forneceram aos imigrantes despejados alternativas de moradia de longo prazo, mas sim os transportaram à força, em diversos ônibus, a cidades como Orleans ou Bordeaux, a certa distância de Paris.

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O município negou as “operações de limpeza” como preparativo às Olímpiadas, ao alegar razões de segurança, como presença de escolas próximas. A alegação sugere racismo.

Conforme a agência Associated Press, a ministra dos Esportes da França, Amelie Oudea-Castera, insistiu que as medidas “não têm nada a ver com as Olimpíadas”, realizadas “antes e depois dos jogos”.

“Queremos que aqueles em situações difíceis sejam tratados da forma mais humana possível”, acrescentou a ministra. “É por isso que trabalhamos com grupos assistenciais. Queremos tornar as coisas tão justas quanto podem ser”.

O governo francês é criticado por medidas racistas e discriminação endêmica contra refugiados e minorias, sobretudo muçulmanos e africanos.

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