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Ministro sionista acusa Abbas de querer eliminar Israel

Ministro das Finanças de Israel Avigdor Lieberman em Jerusalém ocupada, 14 de novembro de 2018 [Lior Mizrahi/Getty Images]

O Ministro das Finanças de Israel Avigdor Lieberman acusou o Presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas de buscar deslegitimar e destruir o Estado de Israel.

De acordo com Lieberman, o presidente octogenário é mais perigoso ao regime sionista do que o movimento de resistência Hamas – radicado na Faixa de Gaza –, pois representa uma ameaça política e não uma ameaça técnica ou militar.

“Este homem, Abbas, representa um perigo político ao Estado de Israel”, insistiu Lieberman, ao alegar que o presidente pertence a uma geração de palestino comprometida em eliminar Israel e obter o retorno de todos os refugiados palestinos – embora Abbas diga o contrário.

“Abbas apoia o terrorismo na Cisjordânia, recompensa financeiramente sabotadores e lidera campanhas de incitação em fóruns internacionais, incluindo instituições das Nações Unidas”, alegou o ministro. “Seu último trabalho culminou em acusar o exército de realizar cinquenta holocaustos contra assassinos e sabotadores palestinos”.

Nesta quinta-feira (18), o premiê israelense Yair Lapid conversou com o Chanceler da Alemanha Olaf Scholz pela primeira vez, após os controversos comentários de Abbas durante uma coletiva de imprensa conjunta realizada em Berlim, no dia anterior.

LEIA: Ninguém pode negar os massacres de Israel, insiste premiê palestino

Na ocasião, Abbas foi questionado se pediria desculpas oficiais a Tel Aviv no 50° aniversário dos ataques contra atletas israelenses nos Jogos Olímpicos de Munique. Em resposta, Abbas acusou Israel de cometer “cinquenta massacres, cinquenta holocaustos” contra o povo palestino desde 1947.

Abbas se referia ao processo da Nakba – em árabe “catástrofe” – que culminou na criação do Estado de Israel, em maio de 1948, mediante limpeza étnica planejada.

Durante seu telefonema com Lapid, o chanceler alemão reiterou seu repúdio às declarações de Abbas e prometeu elucidar a questão pessoal e publicamente.

Diante das críticas, Abbas emitiu um comunicado descrevendo o Holocausto – conduzido pela Alemanha Nazista, que deixou seis milhões de judeus mortos – como “o mais hediondo crime da história moderna”.

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