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Cinco anos depois, vítimas de ataque com gás na Síria ainda esperam que o regime seja punido

Sírios protestam contra o ataque de gás químico das forças do regime de Assad, em 4 de abril de 2017, na cidade de Khan Shaykhun, em Idlib, Síria, em 4 de abril de 2022 [Izzeddin Kasim/Agência Anadolu]

Abdul-Hamid Al-Youssef conta como perdeu 25 membros de sua família, incluindo sua esposa e gêmeos, quando sua cidade na Síria foi atacada com gás venenoso em 2017, um ataque que uma investigação apoiada pela ONU concluiu ter sido realizado pelo regime sírio.

Al-Youssef, 33, disse: “Em segundos, tudo foi exterminado. A vida foi completamente exterminada”, após o ataque com gás sarin na cidade de Khan Sheikhoun.

O ataque foi um dos muitos em que armas químicas foram supostamente usadas durante a guerra de 11 anos do país.

A Human Rights Watch, com sede em Nova Iorque, disse que o bombardeio no noroeste da Síria, que está sob controle da oposição, matou pelo menos 90 pessoas, incluindo 30 crianças.

Enquanto isso, Rússia e China, aliados do regime sírio, usaram seu poder de veto para bloquear os esforços da ONU para abrir uma investigação sobre crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Síria no Tribunal Penal Internacional (TPI).

No aniversário de cinco anos do ataque de Khan Sheikhoun, sobreviventes e ativistas de direitos humanos alertam que não ser responsabilizado pelos ataques químicos na Síria pode encorajar o regime a cometê-los novamente.

Al-Youssef exige que o chefe do regime sírio, Bashar Al-Assad, seja responsabilizado, dizendo: “Apesar da apresentação de testemunhas, apesar da apresentação de provas e apesar de todas as provas serem entregues à ONU e às autoridades envolvidas, até hoje não houve responsabilidade a Bashar Al-Assad”.

O governo de Al-Assad nega o uso de armas químicas na guerra, que começou como uma revolta contra seu governo antes de se transformar em uma guerra na qual pelo menos 350.000 pessoas foram mortas. Em 2013, a Síria assinou tratados internacionais que proíbem o uso de tais armas.

LEIA: Grupos de direitos humanos apresentam novas evidências de que regime sírio usou armas químicas

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