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Reino Unido quer criminalizar o Hamas para ‘combater o antissemitismo’

Bandeiras do Hamas em Gaza, 30 de maio de 2021 [Ömer Ensar/Agência Anadolu]

O Reino Unido planeja designar o Hamas como organização terrorista e punir qualquer apoio ao grupo palestino com até dez anos de prisão, segundo informações do The Guardian.

Bandeiras e encontros do movimento serão banidos sob o Ato de Terrorismo.

A nova medida deve ser anunciada pela Secretária do Interior Priti Patel nesta sexta-feira (19). “Adotamos o ponto de vista de que não podemos mais separar os lados político e militar”, argumentou a ministra conservadora britânica.

Secretária de Estado para Assuntos Internos do Reino Unido Priti Patel, durante conferência em Londres, 20 de março de 2017 [Bond/Flickr]O Reino Unido já designou o ramo militar do Hamas — as Brigadas Izz al-Din al-Qassam — como grupo terrorista. O atual governo em Londres avança agora contra o ramo político.

Patel insiste que a medida ajudará a combater a discriminação antijudaica.

“O Hamas é fundamental e fanaticamente antissemita”, reiterou em visita aos Estados Unidos. “O antissemitismo é um mal que jamais toleraremos. Os judeus sentem-se inseguros no seu dia a dia — nas escolas, ruas e locais de culto; na internet; nas suas próprias casas”.

“A decisão dará mais solidez a qualquer caso contra quem exibir uma bandeira do Hamas no Reino Unido, ato que implica na noção de insegurança do povo judeu”, prosseguiu.

Estados Unidos, União Europeia e Canadá já criminalizaram o movimento palestino.

O Hamas é governante de facto da Faixa de Gaza, sob severo cerco militar de Israel.

Em 2017, durante uma conferência organizada pelo MEMO, o ex-chanceler britânico Jack Straw sugeriu que sua demissão do governo decorreu dos apelos para dialogar com o Hamas. “Algumas pessoas dizem que fui removido do cargo por tais comentários”, afirmou.

LEIA: Artistas pedem o fim imediato dos ataques israelenses a grupos palestinos de direitos humanos

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