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43% das famílias no Iêmen comem menos devido à crise econômica

Auxílio alimentar enviado pela ONU é distribuído a famílias carentes em Sanaa, capital do Iêmen, 3 de junho de 2020 [Mohammed Hamoud/Agência Anadolu]
Auxílio alimentar enviado pela ONU é distribuído a famílias carentes em Sanaa, capital do Iêmen, 3 de junho de 2020 [Mohammed Hamoud/Agência Anadolu]

Nesta quinta-feira (21), o Programa Alimentar Mundial (PAM), estabelecido pelas Nações Unidas, reportou que 43% das famílias iemenitas reduziram o número de refeições diárias devido às flutuações econômicas do país.

“A volatilidade econômica e o conflito obrigam muitas pessoas no Iêmen a diminuírem regularmente a frequência ou porção de suas refeições ou ainda forçam os pais a comerem menos para alimentar suas crianças”, escreveu o PAM no Twitter.

Nos últimos meses, especialistas alertaram que o poder de compra dos cidadãos iemenitas decaiu gravemente, devido ao colapso da moeda nacional – estimada em mais de 900 riyals para cada dólar, pico desde novembro.

O Iêmen é assolado por guerra e miséria desde o fim de 2014, quando rebeldes houthis tomaram o poder na capital Sanaa. O conflito escalou em março de 2015, quando uma coalizão militar saudita decidiu intervir em favor do governo aliado de Abd Rabbuh Mansour Hadi.

A ONU descreve a situação no Iêmen como pior crise humanitária do mundo, com mais de 100.000 mortos. Estima-se que 80% da população dependa de ajuda humanitária pra sobreviver.

LEIA: Biden revisará a designação de Houthi como terrorista e restringirá o apoio à coalizão saudita

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