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Eslovênia e Letônia classificam o Hezbollah como organização terrorista

Brigadas do Hezbollah marcham em Bagdá, Iraque em 31 de maio de 2019 [Ahmad Al-Rubaye/ AFP / Getty Images]
Brigadas do Hezbollah marcham em Bagdá, Iraque em 31 de maio de 2019 [Ahmad Al-Rubaye/ AFP / Getty Images]

A Eslovênia e a Letônia designaram o Hezbollah como organização terrorista em sua totalidade – tanto o braço militar quanto o braço político – ontem.

A dupla é a última de uma série de países europeus e latino-americanos a fazer a classificação este ano, após a República Tcheca no mês passado.

A Eslovênia é o sétimo membro da União Europeia (UE) a romper com a diferenciação do bloco entre as duas facções do Hezbollah, que considera seu braço militar, mas não o braço político do grupo, uma organização terrorista.

O governo esloveno disse em um comunicado ontem que “adotou uma decisão sobre tratar o Grupo Hezbollah como uma organização criminosa e terrorista que representa uma ameaça à paz e à segurança”.

O comunicado alega que os legisladores tomaram a decisão com base em evidências de que “as atividades do Hezbollah estão interligadas com o crime organizado e a condução de atividades terroristas ou paramilitares em escala global”. E acrescenta que o Hezbollah já foi designado uma organização terrorista por vários países e organizações em todo o mundo.

Ambos os países foram elogiados pela decisão pelos EUA, que encoraja veementemente outros países a criminalizar a totalidade do Hezbollah como organização terrorista.

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O vice-porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Cale Brown, disse em comunicado que “a Letônia apoia a implementação de sanções pelos EUA relacionadas ao Hezbollah e expressa disposição para proibir viagens nacionais a indivíduos associados ao Hezbollah.”

Ele acrescentou que as medidas “enviam uma mensagem forte ao Hezbollah e seus apoiadores no Irã de que um novo dia está chegando”. E afirmou que “os agentes do Hezbollah não serão mais capazes de operar em solo europeu e a União Europeia seguirá o exemplo de uma série de governos, fechando as brechas abertas pela falsa distinção entre os chamados alas militares e políticas. ”

Os EUA sancionaram vários associados do Hezbollah nos últimos meses, em esforços para apertar financeiramente o grupo apoiado pelo Irã.

Em outubro, os EUA anunciaram uma recompensa de US$ 10 milhões por informações sobre as ligações financeiras do Hezbollah ao Irã e informações sobre três financiadores importantes: Muhammed Qasir, Muhammad Qasim Al Bassal e Ali Qassir.

No mês passado, foram impostas sanções ao destacado político libanês Gebran Bassil, por causa de seus laços com o grupo.

Bassil, que é genro do presidente libanês Michel Aoun, afirmou que as sanções são injustas, motivadas politicamente por sua recusa em romper os laços com o Hezbollah.

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