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Diáspora palestina no Chile toma as ruas em solidariedade a Gaza

Protesto contra o genocídio em Gaza, em frente à embaixada israelense em Santiago, no Chile, em 4 de março de 2024 [Lucas Aguayo Araos/Agência Anadolu]
Protesto contra o genocídio em Gaza, em frente à embaixada israelense em Santiago, no Chile, em 4 de março de 2024 [Lucas Aguayo Araos/Agência Anadolu]

A comunidade palestina no Chile organizou no domingo (17) uma grande manifestação em solidariedade à Faixa de Gaza, ao denunciar o genocídio perpetrado por Israel e a cumplicidade internacional, segundo informações da rede de notícias Quds Press.

A marcha partiu do Centro Cultural Gabriela Mistral (GAM), na zona central de Santiago, e contou com 20 mil pessoas, incluindo notáveis como o ex-ministro da Educação, Jorge Arrate; o prefeito de Recoleta, Daniel Jadue; a escritora Diamela Eltit; entre outros.

Maurice Khamis, presidente da Comunidade Palestina no Chile, reiterou a defesa do país aos direitos do povo palestino. À multidão, Khamis, recordou que, nos últimos 163 dias, os palestinos de Gaza vivem um genocídio sem precedentes, transmitido ao vivo.

“Testemunhamos um massacre que deixou milhares de mortos”, destacou Khamis. “Qualquer justificativa para isso é um insulto a toda a humanidade”.

Os manifestantes pediram cessar-fogo, justiça e liberdade ao povo palestino.

Nelson Haddad, ex-embaixador do Chile para Egito, Iraque e Jordânia caracterizou a marcha como um ato de resistência e solidariedade a Gaza.

“Protestamos para responsabilizar aqueles que cometem o genocídio na Palestina, liderados por Benjamin Netanyahu”, declarou Haddad, em referência direta ao premiê israelense.

No começo de março, o governo chileno confirmou a exclusão de empresas israelenses da maior feira de aviação da América Latina, realizada em Santiago no próximo mês.

O Ministério da Defesa corroborou a medida: “Com base na decisão do governo do Chile, a edição de 2024 da Feira Internacional de Ar e Espaço (FIDAE), marcada para ocorrer entre 9 e 14 de abril, não terá presença de companhias israelenses”.

O presidente Gabriel Boric defendeu a decisão, ao reivindicar “princípios morais”.

O Chile possui a maior comunidade palestina na diáspora, fora do mundo árabe, com cerca de 500 mil palestinos e descendentes no país.

Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, deixando mais de 30 mil mortos, 70 mil feridos e dois milhões de desabrigados.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

LEIA: Brasil se abstém de resolução contra Islamofobia na ONU, medida é aprovada

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