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Fatah e Hamas concordam em discutir Governo de União Nacional, afirma oficial

Jibril Rajoub, oficial sênior do partido Fatah, em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, durante conversa por videoconferência com Saleh Arouri, vice-líder político do Hamas, diante dos planos de anexação israelense, em 2 de julho de 2020 [Abbas Momani/AFP via Getty Images]

Os grupos políticos palestinos Hamas e Fatah estão discutindo um novo acordo para formar um Governo de União Nacional, cujo objetivo é viabilizar a reconstrução de Gaza após Israel cessar seu genocídio contra o território costeiro, declarou nesta terça-feira (6) Jibril Rajoub, secretário do Comitê Central do Fatah.

O acordo foi discutido recentemente durante encontro entre Rajoub e Ismail Haniyeh, chefe do gabinete político do Hamas, realizado em Doha, capital do Catar.

Em entrevista à emissora de televisão al-Sharq, relatou Rajoub: “Me reuni com Haniyeh e vários membros do gabinete político do Hamas e apresentei ideias, de modo que há um denominador comum a partir do qual podemos desenvolvê-las”.

Rajoub afirmou que o fim da divisão requer novos encontros entre ambos os partidos, seguido por uma conferência de todas as organizações nacionais, com base em três princípios: unidade territorial, incluindo Cisjordânia, Gaza e Jerusalém; fundações a uma solução política, incluindo cessar-fogo em Gaza, retirada israelense e fim do cerco; e construção de um Governo de União Nacional.

LEIA: Hamas propõe cessar-fogo em três fases para encerrar a guerra

Rajoub reiterou que, para reconstruir Gaza, os membros do governo “devem ser críveis, capazes de ação e movimento, e que tenham plena confiança de seus cidadãos e bênção das instituições nacionais, incluindo, é claro, o Hamas e a Jihad Islâmica”.

Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, deixando 27 mil mortos e 67 mil feridos — sobretudo mulheres e crianças. Estima-se que 60% da infraestrutura civil de Gaza foi destruída, deixando dois milhões de desabrigados.

O Hamas respondeu nesta quarta-feira (7) a uma proposta de cessar-fogo encaminhada a partir de uma conferência em Paris, ao estabelecer três fases para a desescalada e especificar prazos e números.

As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

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