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Divisão em Israel se aprofunda com apoio de soldados a Netanyahu

Primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu em Jerusalém ocupada [Menahem Kahana/AFP via Getty Images]

O exército de Israel autorizou soldados a participarem de uma manifestação nesta quinta-feira (27) em apoio às emendas judiciais propostas pelo governo de Benjamin Netanyahu. Trata-se da primeira grande demonstração de apoio ao primeiro-ministro, que enfrenta protestos de massa há mais de quatro meses.

Segundo a imprensa, o exército autorizou oficiais com posto de tenente-coronel a participarem, sob a condição de que não estejam de uniforme ou se envolvam em confrontos. Organizadores prometem a presença de milhares de soldados.

Netanyahu quer mostrar a popularidade de suas decisões nas instituições policiais e militares de Israel. Oficiais da reserva, entre outras tropas de destaque, impuseram pressão sobre o premiê ao participarem dos protestos contrários a seu governo.

Conforme ordens permanentes das Forças de Defesa de Israel (FDI), soldados são proibidos de participar de protestos e atividades políticas, públicas ou midiáticas. A decisão de permitir sua presença no ato pró-governo, a ser realizado em Jerusalém ocupada, é excepcional.

Figuras públicas expressaram abertamente suas críticas à reforma, incluindo ministros e oficiais de segurança. O ministro da Defesa, Yoav Gallant, foi demitido e reintegrado após alertar que as emendas judiciais levariam Israel a um declive perigoso.

Além disso, centenas de pilotos da reserva anunciaram em março a suspensão de seus serviços voluntários e comparecimento aos treinos. A imprensa preconizou danos substanciais à eficácia da Força Aérea de Israel.

Sob pressão, Netanyahu confirmou “adiar” a tramitação das emendas até o meio do ano. Ainda assim, a oposição manteve protestos contra seu gabinete de extrema-direita. Segundo críticos, o adiamento é apenas uma manobra política do experiente premiê.

LEIA: Primeiros cem dias de Netanyahu no governo são marcados por fracassos

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