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Deputado de Israel pressionou crianças a não denunciar rabino por abuso sexual

Parlamentar israelense Yaakov Tessler [Wikipedia]

O deputado israelense Yaakov Tessler, do partido Judaísmo Unido do Torá, pressionou crianças vítimas de abuso sexual para dissuadi-las de testemunhar à polícia contra seu agressor, o rabino Ephraim Tessler, reportou o jornal Haaretz na última semana.

Segundo o relato, em novembro de 2017, a polícia prendeu o diretor da escola judaica (yeshiva) Damesek Eliezer em Jerusalém ocupada, o rabino Tessler, então indiciado por crimes contra ao menos quatro menores entre 14 e 16 anos.

No ano seguinte, porém, a polícia encerrou o caso após as vítimas deixarem de cooperar com a investigação. Rumores indicavam assédio comunitário para tanto.

Conforme a reportagem, os meninos desistiram da denúncia em troca da exoneração de Tessler da instituição. Um acordo de confidencialidade foi supostamente assinado por ao menos uma das vítimas, para não incorrer em processos penais.

Segundo o Haaretz, o parlamentar israelense foi avalista do acordo.

Yaakov Tessler foi eleito ao Knesset (parlamento) pela primeira vez em 2019. Seu pai era figura

de liderança do rabinato ortodoxo em Bnei Brak.

Por anos, o suspeito chefiou a instituição, cujo corpo discente são meninos entre 13 e 16 anos.

LEIA: Acusação de antissemitismo é cortina de fumaça para encobrir apartheid e crimes de “Israel”

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