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O Líbano é o país mais raivoso do mundo, seguido pela Turquia, mostra Gallup

Manifestantes antigovernamentais cantam slogans durante uma manifestação em Trípoli, Líbano, em 31 de janeiro de 2021 [Fathi Al-Masri /AFP/Getty Images]

O Líbano foi classificado como o país mais raivoso do mundo, seguido pela Turquia e outros países da região, de acordo com dados recém-divulgados da empresa americana Gallup, sobre período que vai do final de 2021 até meados de 2022.

No Relatório de Emoções Globais da Gallup, que analisa emoções em mais de 100 países ao redor do mundo, 49% das pessoas pesquisadas no Líbano sentem raiva regularmente, mesmo no dia anterior à pesquisa.

Com 48%, a Turquia seguiu de perto em segundo lugar, acima da Armênia e do Iraque, com 46%, e do Afeganistão, com 41%. Em sexto lugar na lista estava outro país do Oriente Médio, a Jordânia, que tem uma taxa de raiva de 35%.

Gráfico mostra resultado da pesquisa sobre índice de raiva [Twitter]

No mesmo relatório, alguns desses mesmos países também revelaram a altos níveis de tristeza, com o Afeganistão, Líbano e depois  aTurquia como os três principais países mais tristes do mundo. A mesma ordem dos três países também contou para as nações que experimentaram mais estresse.

Enquanto Islândia, Paraguai, Dinamarca, Irlanda e Camboja são todos os países que experimentaram mais prazer regularmente, Líbano, Afeganistão, Turquia e Egito estavam entre os que estavam no final dessa lista.

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A principal razão para os sentimentos de raiva, tristeza e estresse que afetam grande parte das populações libanesas e turcas é provavelmente as graves crises econômicas que esses países vêm passando nos últimos anos e que aumentaram acentuadamente recentemente.

No Líbano, particularmente, as coisas começaram a piorar desde a enorme explosão na capital, Beirute, neste exato dia, há dois anos, matando mais de 200 e devastando a nação ao agravar seus problemas.

Após esse incidente, o governo entrou em colapso, as tensões sectárias atingiram seu pico e o país passou por apagões regulares devido à falta de combustível e eletricidade suficientes. Acima de tudo, a moeda despencou drasticamente e perdeu muito de seu valor, resultando no quase desaparecimento da classe média e na falência do país.

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