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Egito: Arqueólogos descobrem 250 sarcófagos e 150 estátuas

Um arqueólogo egípcio restaura uma tumba de madeira de um ourives chamado Amenemhat da época de Tutankhamu Egito em 9 de setembro de 2017 [Ibrahim Ramadan/Agência Anadolu]

Uma missão arqueológica no cemitério Bubastian, na Necrópole de Saqqara, descobriu uma coleção de 250 sarcófagos de madeira pintados e 150 estátuas de bronze de divindades egípcias de diferentes tamanhos, entre outros artefatos. Saqqara fica na província de Gizé, ao sul de Cairo, no Egito. A descoberta foi divulgada nesta segunda-feira (30) pelo Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito, que afirmou que os sarcófagos e estátuas datam de cerca de 500 anos antes de Cristo.

O governo afirma que essa foi a maior coleção de bronze já encontrada. As estátuas retratam antigas divindades egípcias como Bastet, Anúbis, Osíris, Ámon, Isis, Nefertum e Hathor, bem como artefatos usados ​​durante os rituais de Isis, como o sistro, um instrumento de percussão feito em bronze, com som achocalhado. Outra descoberta foi uma estátua sem cabeça do polímata Imhotep, que construiu a pirâmide de Saqqara.

Uma coleção de sarcófagos intactos de madeira pintada contendo múmias em ótimo estado de conservação também foi desenterrada de dentro de poços funerários, juntamente com amuletos e caixas de madeira.

Além disso, foram encontradas duas estátuas de madeira pintadas, com rostos dourados, representando as divindades Isis e Néftis lamentando os mortos. Essas foram datadas do Período Tardio do Egito, de 5 anos antes de Cristo.

A missão egípcia foi liderada por Mostafa Waziri, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades. Ele informou que um papiro com hieróglifos foi encontrado durante as escavações dentro de um dos caixões e pode conter versos do Livro dos Mortos. O achado foi transferido para o laboratório do Museu Egípcio de Tahrir para ser estudado e analisado.

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Foi encontrada ainda uma coleção de cosméticos, incluindo pentes, kohl ou kajal, tinta preta utilizada para pintar os olhos, recipientes, pulseiras, brincos e colares de sementes, além de alguns utensílios usados no dia a dia.

Os caixões serão transferidos para o Grande Museu Egípcio (GEM), que será inaugurado em breve, para fazer parte da exposição do salão principal do museu.

Esta missão arqueológica trabalha na área da Necrópole de Saqqara desde 2018 e já fez várias descobertas, incluindo coleções de artefatos, caixões, múmias humanas e animais.

*Com informações do jornal egípcio Al Ahram.

Publicado originalmente em Anba

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