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Soldados israelenses quebram braço de médico palestino

Forças israelenses na Cisjordânia, em 7 de maio de 2021 [Nedal Eshtayah/Agência Anadolu]

Soldados israelenses agrediram e quebraram o braço de um médico palestino de 46 anos da cidade de Arraba, a sudoeste de Jenin, após sua detenção na semana passada.

De acordo com a agência de notícias Wafa, Nidal Arda encontrou forças de ocupação israelenses em jipes do exército em torno de sua casa ao voltar da mesquita após as orações da madrugada.

“Eles estavam esperando em minha casa e aparentemente queriam me emboscar. Os jipes acenderam suas luzes na minha direção e depois ordenaram que eu saísse do carro”, disse ele.

Havia cerca de quarenta soldados acompanhados de cães, disse ele, que invadiram e saquearam sua casa antes da sua chegada.

“Os soldados destruíram minha casa”, explicou ele. “Eles quebraram as portas e janelas e saquearam a casa inteira”. Eles aterrorizaram minha família e meus filhos, que foram separados de sua mãe e colocados em outro quarto”.

Nidal foi interrogado sobre os fugitivos palestinos da prisão de Gilboa, em Israel, pois dois membros eram da cidade de Arraba.

“Eles fizeram ameaças a mim com meu filho dizendo que não o deixariam viajar para terminar seus estudos superiores no exterior se eu não cooperasse com eles”, disse.

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Ele foi vendado e forçado a entrar em um jipe com outros membros da família e da vizinhança e levado para uma base militar.

“Fomos vendados e algemados”, disse ele. “Um soldado me empurrou e eu caí no chão. Meu braço direito bateu em alguma coisa e eu senti uma grande dor. Eu sabia que estava quebrado por ser médico”, acrescentou ele.

Os soldados então removeram suas algemas e só o deixaram com sedativos para aliviar a dor, antes de levá-lo a um centro de detenção.

Devido à dor perceptível, ele foi levado a um hospital próximo, onde os médicos confirmaram que tinha um osso quebrado e o colocaram dentro de um gesso. Ele foi então forçado a voltar ao centro de detenção e interrogado sobre os fugitivos palestinos.

Um tribunal militar ordenou sua libertação uma semana depois, informou Wafa. Os dois palestinos de Arraba que escaparam da prisão foram capturados pelo exército israelense antes de sua libertação.

Israel lançou sua maior operação de busca de todos os tempos na tentativa de recapturar os seis homens, cuja fuga foi uma enorme vergonha para o Estado de ocupação.

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