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Motoristas libaneses esperam horas nos postos de gasolina em meio à crise de combustível

O país árabe está enfrentando uma grave crise econômica, com a moeda local perdendo quase todo seu valor em relação ao dólar

Os motoristas do Líbano se aglomeraram nos postos de gasolina desde o dia 10 de agosto, após rumores de que os preços dos combustíveis irão aumentar, relatou a Agência Anadolu.

Na quarta-feira (11), o banco central do Líbano disse que não está mais apto a apoiar a compra de combustível. Estimativas oficiais situam o custo do programa de subsídios libanês para materiais básicos em cerca de US$ 6 bilhões anualmente, metade dos quais vai para subsidiar o combustível.

Um estudo da International Information, empresa de pesquisa e consultoria sediada em Beirute, mostrou que interromper o subsídio levaria a um aumento significativo dos preços dos combustíveis, com o preço de uma lata de gasolina devendo saltar de cerca de 75.000 libras ($50) para 336.000 ($223), numa época em que o salário mínimo é de 675.000 libras ($448).

O banco apoiava as importações de combustível garantindo o dólar aos importadores a uma taxa de câmbio de 3.900 libras ($2,59) por dólar, enquanto sua taxa de câmbio no mercado paralelo nos últimos dias ultrapassou as 20.000 libras ($13,30).

A falta de moeda estrangeira e a desvalorização da moeda libanesa fez com que as reservas de dólares do banco central diminuíssem de uma média de 38 bilhões de dólares no final de 2019 para sua média atual de 16 bilhões de dólares, de acordo com a Anadolu.

O país árabe está enfrentando uma grave crise econômica, com a moeda local perdendo quase todo seu valor em relação ao dólar, e as ruas testemunhando protestos e comícios em massa.

O Líbano não conseguiu formar uma nova administração desde a demissão do Gabinete de Hassan Diab, em 10 de agosto de 2020, seis dias após a explosão maciça do porto de Beirute.

LEIA: O Líbano não pode suportar mais um ano sem governo

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