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Comitiva de Araújo é obrigada em Israel a usar as máscaras que despreza no Brasil

Comitiva brasileira embarca para visita oficial a Israel sem o uso de máscaras, em 6 de março de 2021. [Foto: Reprodução/Twitter]
Comitiva brasileira embarca para visita oficial a Israel sem o uso de máscaras, em 6 de março de 2021. [Foto: Reprodução/Twitter]

A comitiva brasileira chefiada pelo Ministro Ernesto Araújo viajou ontem (07) para Israel, por determinação do presidente Jair Bolsonaro para conhecer o spray nasal que Netanyahu alega ser eficaz no combate à covid-19. A medicação apenas foi usada experimentalmente em 30 pacientes com sintomas graves e moderados, sem nenhum registro de morte e, por isso, foi encaminhada para fase inicial de testes contra a covid-19. Antes da decolagem, os dez integrantes da delegação posaram para foto sem o uso de máscaras, ao lado do presidente Jair Bolsonaro. Em solo israelense, a foto foi outra, já que foram obrigados a usar a proteção.

Em vídeo compartilhado pelo filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, é possível ver que todas as medidas para evitar o contágio de covid-19 são ignoradas durante o embarque. Um registro do momento também foi compartilhado nas redes por Ernesto Araújo.

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Entretanto, o grupo foi obrigado a usar a proteção ao chegar em Israel, devido aos protocolos sanitários israelenses. O Itamaraty informou que os integrantes da delegação precisaram fazer o teste PCR de detecção de covid-10 antes do embarque e na chegada ao hotel em Israel.

Neste domingo (7), durante a coletiva de imprensa em Jerusalém com o chanceler israelense  Gabi Ashkenazi, o ministro das relações exteriores brasileiro foi repreendido por não usar máscara. Ernesto Araújo não usava a proteção no momento de se aproximar do anfitrião para a foto oficial. Ele só a colocou quando foi avisado pelo chefe de cerimônias. Retirou uma máscara que trazia no bolso, sem os cuidados de manuseio recomendados pelos protocolos de saúde.

Na ocasião, foi assinado um acordo bilateral de cooperação no combate à pandemia de covid-19, em áreas de saúde e tecnologia.  “Além da parte médica, concordamos em trabalhar juntos nas áreas de tecnologia, inovação, segurança, agricultura, ciência e espaço. Ajudaremos o Brasil de todas as maneiras possíveis e estudaremos formas de aprofundar a pesquisa e desenvolvimento de medicamentos e outras soluções para lidar com o vírus”, anunciou Ashkenazi.

A delegação brasileira ficará em Israel entre sete e nove de março , com o objetivo de dar seguimento ao “diálogo político e à cooperação científica e tecnológica” entre os dois países. Participam da visita os Deputados Federais Eduardo Bolsonaro e Hélio Lopes; o secretário especial de Comunicação Social, Fábio Wajngarten; o assessor especial da Presidência Filipe Martins; o embaixador Kenneth Félix Haczynski da Nóbrega; o secretário de ciência e tecnologia do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto; e outros.

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