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Motorista de ônibus israelense mata dois trabalhadores palestinos em posto de controle militar

Forças israelenses em um posto de controle na Cisjordânia, em 30 de janeiro de 2020. [Issam Rimawi/Agência Anadolu]
Forças israelenses em um posto de controle na Cisjordânia, em 30 de janeiro de 2020. [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

Um motorista de ônibus israelense atropelou e matou dois trabalhadores palestinos nesta manhã na Cisjordânia ocupada, informou a agência de notícias Wafa.

Fontes da segurança palestina disseram que os trabalhadores foram atingidos por um ônibus, que estava sem passageiros, perto de um posto de controle militar conhecido como 300, localizado na entrada norte da cidade ocupada de Belém.

Milhares de palestinos ao sul da Cisjordânia precisam cruzar essa barreira para trabalhar na Jerusalém Oriental ocupada.

O posto de controle foi construído há mais de uma década como parte do Muro de Separação de Israel, considerado ilegal pela Corte Internacional de Justiça em 2004.

Os dois jovens mortos foram identificados como Ziad Ali Hussein Abiyat, de 29 anos, que ficou preso sob o ônibus, e Jaafar Omar Abaya, de 30 anos.

Cinco outros palestinos ficaram feridos no acidente, disse Shaher Saad, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores Palestinos, à Agência Anadolu.

LEIA: Palestinos impedem roubo de terras na Cisjordânia ocupada

Saad responsabiliza as autoridades israelenses pelo caso ao não “reabilitar garagens especiais para transportar trabalhadores palestinos para seus locais de trabalho”.

O Crescente Vermelho Palestino disse que seus médicos trataram de vários palestinos feridos no local antes de serem levados às pressas para o Hospital Hadassah em Jerusalém, enquanto outro foi levado para um hospital na Cisjordânia.

O ônibus foi localizado por soldados israelenses, mas o motorista aparentemente fugiu a pé.

Cerca de 133 mil palestinos com licenças especiais trabalham em assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada.

Muitos palestinos são parte das altas taxas de desemprego na Cisjordânia ocupada, enquanto outros preferem trabalhar em Israel por melhores salários – às vezes, recebendo mais do que o dobro daquilo que ganhariam na Cisjordânia.

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