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Presos iemenitas são torturados na Arábia Saudita, denuncia grupo de direitos humanos

Prisão de Taiz, no Iêmen [Twitter]
Prisão de Taiz, no Iêmen [Twitter]

Centenas de presos iemenitas mantidos na penitenciária de Jizan, na Arábia Saudita, foram submetidos a tortura e maus tratos sistemáticos por soldados e oficiais, denunciou a Organização por Direitos e Liberdades SAM.

O grupo obteve os relatos por parte de ex-detentos iemenitas, que revelaram ter sofrido grave tortura na cadeia, incluindo eletrocussão, crucificação, confinamento solitário por longos períodos, falta de tratamento médico, além de não terem qualquer contato com o mundo exterior, mesmo com advogados ou familiares.

Tawfiq al-Hamidi, presidente da SAM, reportou que, dentre os presos iemenitas, há mais de 500 recrutas que lutavam contra os houthis ao longo da fronteira saudita. Segundo as informações, 28 deles foram presos ao solicitar visita às suas famílias durante o feriado islâmico do Eid al-Fitr.

Há ainda pescadores detidos pela Guarda Costeira do Iêmen por razões desconhecidas, transferidos em seguida à Arábia Saudita.

Segundo o grupo de monitoramento de direitos humanos, ao menos um preso morreu sob tortura.

A organização destacou os casos de Ahmed Saleh al-Fateqi e Ali al-Komani, submetidos a tortura diária após confinados na solitária por meses. Al-Fateqi e al-Komani ainda estão doentes, mantidos em custódia.

Por fim, o grupo fez um apelo para que se abra uma investigação sobre o desaparecimento forçado de cidadãos do Iêmen em cadeias da Arábia Saudita.

LEIA: Petroleiro encalhado no Iêmen preocupa ONU

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