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Petroleiro encalhado no Iêmen preocupa ONU

Foto de 22 de novembro de 2018 mostra vista parcial do porto da cidade de Hudaydah no Mar Vermelho [STR/ AFP/ Getty Images]
Foto de 22 de novembro de 2018 mostra vista parcial do porto da cidade de Hudaydah no Mar Vermelho [STR/ AFP/ Getty Images]

O tempo está se esgotando para evitar que um petroleiro em decomposição encalhado na costa do Iêmen despeje sua carga de 1,1 milhão de barris de petróleo no Mar Vermelho, alertou a ONU na sexta-feira, informou a Agência Anadolu.

“O velho petroleiro quase não teve manutenção desde 2015 e corre o risco de causar um grande derramamento de óleo, explosão ou incêndio que teria consequências ambientais e humanitárias catastróficas para o Iêmen e a região”, disse Stephane Dujarric, porta-voz do secretário-geral Antonio Guterres.

A ONU afirma que o  vazamento prejudicaria gravemente os ecossistemas do Mar Vermelho, e 30 milhões de pessoas em toda a região, disse Dujarric. “Além disso, forçaria o fechamento do porto de Hudaydah por muitos meses, o que agravaria a já severa crise econômica do Iêmen e impediria o acesso a alimentos e outras mercadorias essenciais por milhões de pessoas.”

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O Safer está preso ao largo da costa do Iêmen desde que o grupo rebelde houthi tomou o controle da costa próxima em 2015. Apesar das promessas de permitir que uma equipe de inspetores da ONU visitasse o superpetroleiro, os rebeldes foram acusados ​​de não cumpri-las.

No final de maio de 2020, a água do mar entrou no compartimento do motor do tanque. Embora uma correção temporária tenha sido aplicada, aumentou a preocupação com os riscos de um derramamento com potencial de liberar quatro vezes mais óleo no mar do que o vazado pelo navio-tanque Exxon Valdez em 1989, de acordo com a ONU.

Dujarric disse que o Secretário-Geral “pediu” a remoção dos obstáculos para mitigar os perigos apresentados pelo navio-tanque Safer, sem demora.

“Ele pede especificamente que especialistas técnicos independentes tenham acesso incondicional ao navio-tanque para avaliar suas condições e realizar quaisquer reparos iniciais possíveis”, informou o porta-voz.

O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, descreveu o navio como uma “bomba-relógio” e pediu aos Houthis que concedam à ONU acesso ao navio.

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