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Ofensivas dos EUA na Somália resultam em mortes civis, denuncia Anistia Internacional

Estrada é bloqueada após militantes do grupo al-Shabaab, filiado à Al-Qaeda, invadirem a base militar americana de Baledogle, aproximadamente cem quilômetros noroeste da capital Mogadishu, na Somália, em 30 de setembro de 2019 [Sadak Mohamed/Agência Anadolu]

Um relatório divulgado pela Anistia Internacional revelou que ofensivas militares dos Estados Unidos na Somália levaram à morte de ao menos dois civis e três outros feridos, no último mês de fevereiro.O documento acusa o Comando dos Estados Unidos para a África (AFRICOM) de matar civis durante operações no território somali neste período.

O relatório explica que, no dia 2 de fevereiro, uma investida americana que tinha como alvo uma família da região de Juba Dhexe, no sul da Somália, resultou na morte de um civil de dezoito anos de idade e três familiares feridos, incluindo crianças.

Três semanas após o primeiro incidente, outro civil que trabalhava para a empresa de telecomunicações Hormuud Telecom Somalia foi morto durante um bombardeio americano.

No relatório, Deprose Muchena, diretor da Anistia Internacional para Leste e Sul da África, declara: “Documentamos caso após caso na gradativa guerra aérea dos Estados Unidos na Somália, na qual a AFRICOM pensa que pode simplesmente difamar vítimas civis como ‘terroristas’, incontestavelmente. Falta consciência; o exército americano deve mudar sua diretriz e refletir a verdade e responsabilidade sobre tais casos, conforme suas obrigações sob a lei humanitária internacional (leis de guerra).”

Anteriormente, a Anistia Internacional denunciou que civis foram alvos de operações conduzidas pelas forças dos Estados Unidos, que negam as acusações.

Desde o início de 2020, forças dos Estados Unidos anunciaram mais de trinta ataques aéreos executados em território da Somália.

LEIA: Governo da Somália adverte barcos de pesca ilegais em suas águas

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