Cenas de #Tel_Aviv nesta manhã após o mais recente ataque com mísseis iranianos. pic.twitter.com/AcGAvU8SPm
— Monitor do Oriente (@monitordoorient) June 19, 2025
Ao recorrer a informações abertas e evidência visual, a unidade investigativa Sanad, da rede internacional Al Jazeera, mapeou as principais localidades atingidas por ataques iranianos entre sábado e segunda-feira — 14 e 16 de junho.
Sirenes continuaram a soar nas cidades de Israel, enquanto mísseis iranianos voavam sobre os colonos, pelo sexto dia consecutivo.
Os disparos do Irã são resposta a uma onda sem precedentes de ataques israelenses — não-provocados — a áreas civis, militares e nucleares do país na sexta-feira (13).
Na manhã desta quarta (18), um míssil iraniano deflagrou um incêndio na zona central do território designado Israel, envolvendo diversos veículos. A rede iraniana Fars notou que o alvo era a base aérea de Meron, no chamado front norte.
Israeli attacks across Iran have killed at least 240 people since Friday while Iranian attacks have killed at least 24 people in Israel.
Censura como arma de guerra
A imprensa israelense admitiu que alguns dos ataques no país resultaram em danos ou baixas. Contudo, devido a rigorosa censura militar instituída por Tel Aviv, informações seguem opacas sobre alvos sensíveis ou estratégicos.
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A Sanad analisou registros disponíveis, incluindo imagens e vídeos postados nas redes sociais e plataformas locais, além de identificação visual das áreas atingidas.
Áreas sensíveis
Mísseis iranianos evadiram os onerosos sistemas de defesa da ocupação israelense nas maiores cidades do país, bem como instalações militares, centros de pesquisa e redes vitais de infraestrutura energética.
No sábado, mísseis pousaram a apenas 300 metros da sede do Ministério da Defesa de Israel em Kirya, na periferia de Tel Aviv. A base — o “Pentágono de Israel” — constitui um dos alvos mais sensíveis e fortificados do Estado israelense.
Outra base atingida foi o Instituto de Ciências Weizmann, no colonato de Rehovot, ao sul de Tel Aviv — um dos principais centros de pesquisa do regime ocupante, creditado com colaborações diversas com as forças militares.
Diversas localidades na região metropolitana de Tel Aviv vivenciaram disparos.

Troca de disparos entre Irã e Israel, 18 de junho de 2025 [Infográfico/Agência Anadolu]
No colonato próximo de Petah Tikva, a leste, disparos danificaram zonas residenciais e comerciais. Em Bnei Brak, um colégio religioso, para formação de soldados e ideólogos, foi destruído.
O sul de Tel Aviv viveu a maior escala de destruição e baixas em sua história com nove mortes confirmadas e 200 feridos, segundo os serviços de emergência ligados às forças militares. Em Rishon LeZion, múltiplos prédios foram destruídos.
No norte do território ocupada, mísseis iranianos atingiram o complexo petroquímico de Bazan, na cidade portuária de Haifa, que constitui a maior refinaria de petróleo de Israel, forçada a suspender operações.
Haifa sofreu um segundo disparo, incluindo prédios no bairro de Neve Sha’anan.
Em Tamra, cidade de 35 mil pessoas, predominantemente árabe, no norte da Palestina histórica, a 25 km de Haifa, um míssil iraniano, porém, matou quatro mulheres cristãs de uma mesma família, incluindo uma mãe e duas filhas.
Tamra, como outras cidades palestinas, carece de bunkers, sob as políticas racistas de apartheid adotadas por Israel.
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