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Ataques israelenses a prédio da televisão iraniana, em Teerã, 16 de junho de 2025 [Fatemeh Bahrami/Agência Anadolu]

Vinte e um países árabes e islâmicos emitiram uma nota conjunta nesta segunda-feira (16) para rechaçar os ataques aéreos de Israel ao Irã e pedir desescalada regional, bem como desarmamento nuclear “sem seletividade” e respeito à lei internacional.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

A declaração foi iniciativa do ministro de Relações Exteriores do Egito, Badr Abdelatty, após consulta com seus homólogos em toda a região.

Assinam a carta: Turquia, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Arábia Saudita, Omã, Catar, Iraque, Kuwait, Brunei, Chade, Gâmbia, Argélia, Comores, Djibouti, Sudão, Somália, Líbia, Egito, Mauritânia e Paquistão.

Os chanceleres condenaram a investida israelense em solo iraniano, desde sexta-feira (13), ao descrevê-la como violação da lei internacional e da Carta das Nações Unidas e enfatizar respeito a soberania, integridade territorial, diplomacia e boa vizinhança.

Os ministros expressaram “profunda apreensão” sobre a escalada israelense, ao alertar para graves consequências à “segurança e estabilidade regionais”. Em seguida, pediram cessar-fogo abrangente.

Tensões atingiram um novo ápice após Israel atacar zonas civis, militares e nucleares no Irã, resultando em retaliação e troca de disparos.

Autoridades de Israel admitiram 24 mortos e centenas de feridos, embora informações permaneçam opacas. No Irã, foram ao menos 224 mortos e mais de mil feridos desde sexta-feira, sobretudo civis.

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