Uma carta com mais de 12 mil assinaturas foi entregue em mãos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sua visita oficial a Paris, exigindo que o governo federal adote medidas concretas frente ao genocídio em curso na Faixa de Gaza. A mobilização da sociedade civil brasileira cobra mais do que declarações condenatórias: demanda ações efetivas, como o rompimento imediato das relações diplomáticas e comerciais com Israel.
Organizado pelo movimento BDS Brasil (Boicote, Desinvestimento e Sanções), o documento pede pelo fim do acordo de livre comércio Brasil-Israel, a suspensão de cooperação militar e o embargo energético, entre outras sanções.
A carta pública conta com o apoio de importantes nomes da cultura, do direito e da política brasileira. Entre os signatários estão os artistas Chico Buarque, Ney Matogrosso, Letícia Sabatella, Milton Hatoum e Gregório Duvivier; os juristas Carol Proner e Paulo Sérgio Pinheiro; o ex-ministro Guilherme Estrella e o filósofo Vladimir Safatle. Parlamentares do PT e do PSOL, como Guilherme Boulos, Erika Hilton, Sâmia Bomfim, Luiza Erundina e João Daniel, também aderiram.
Diversas organizações representativas da sociedade civil endossam a carta, entre elas a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a CSP-Conlutas, a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), a FEPAL (Federação Árabe Palestina do Brasil), o Ibraspal (Instituto Brasil-Palestina) e o coletivo Vozes Judaicas por Libertação.
No dia 15 de junho, às 11h, as entidades organizarão um ato em São Paulo para pressionar o governo por uma ruptura.
A carta segue aberta para novas assinaturas da sociedade brasileira e de organizações internacionais. O texto completo e o formulário de adesão estão disponíveis em: https://bit.ly/3FcoWSN
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