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Desemprego na Palestina supera 50%, alerta Organização Internacional do Trabalho

Palestinos retiram sacos de farinha distribuídos pela Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), em Jabalia, no norte de Gaza, em 17 de março de 2024 [Dawoud Abo Alkas/Agência Anadolu]
Palestinos retiram sacos de farinha distribuídos pela Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), em Jabalia, no norte de Gaza, em 17 de março de 2024 [Dawoud Abo Alkas/Agência Anadolu]

A agressão israelense aos territórios palestinos ocupados elevou ainda mais a taxa de desemprego entre a população nativa, excedendo 50% da Cisjordânia e Faixa de Gaza, reportou nesta segunda-feira (18) a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Meio milhão de empregos foram perdidos desde 7 de outubro, segundo informações da agência de notícias Reuters. Caso a ofensiva israelense continue até o fim de março, espera-se um aumento nas taxas de desemprego a 57% entre os palestinos, advertiu o relatório.

Ruba Jaradat, diretor regional da OIT, destacou que a destruição da infraestrutura civil em Gaza, incluindo escolas, hospitais e negócios, “dizimou setores inteiros da economia e paralisou o mercado de trabalho, com repercussões sem precedentes à vida e subsistência dos palestinos e das gerações porvir”.

Em Gaza, aproximadamente 200 mil postos de trabalho foram perdidos, totalizando dois terços dos cargos disponíveis. O desemprego atinge três quartos da força de trabalho. Trata-se de recorde em meio a uma série histórica marcada pelos 16 anos de cerco israelense.

O relatório descreve a situação na Cisjordânia como “quase lockdown”, com mais de 650 checkpoints temporários ou permanentes instalados pelo exército israelense em toda a região, com prejuízos notáveis à economia.

Mais de 300 mil empregos foram perdidos — um terço dos cargos.

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