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Colonos atacam pastores e destroem plantações em Masafer Yatta

Membros das comunidades palestinas Masafer Yatta vivem em cavernas e construções improvisadas determinados a permanecer em suas terras, apesar da decisão do tribunal israelense que permitiu o despejo forçado, ao sul de Hebron, na Cisjordânia, em 7 de maio de 2022 [Mamoun Wazwaz/Agência Anadolu]

Colonos armados atacaram vários pastores na sexta-feira (15), impedindo-os de acessar pastos e destruindo grandes áreas de plantações em Masafer Yatta, ao sul de Hebron.

Os pastores foram atacados, agredidos fisicamente e impedidos de chegar aos pastos e campos na área de Ain Al-Bayda, em Masafer Yatta, o que resultou em contusões em um menino de 14 anos.

Os colonos também destruíram grandes áreas de plantações de trigo e cevada pertencentes a cidadãos, levando seus rebanhos para os campos dos cidadãos e destruindo-os.

O Ministério de Relações Exteriores e Expatriados da Palestina anunciou em um comunicado: “A frequência dos ataques dos colonos contra nosso povo, suas terras, suas propriedades e suas santidades aumenta sempre que um país impõe sanções a eles, mesmo que parciais. Os colonos estão desafiando as sanções internacionais e americanas e estão intensificando seus crimes para inflamar a situação na Cisjordânia”.

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O ministro exigiu que as organizações de colonos fossem colocadas em listas de terroristas e que fossem impostas sanções a elas e àqueles que as protegem e apoiam, começando pelo ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, e pelo ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir. Ele também elogiou a decisão do governo dos EUA de impor sanções adicionais a dois postos avançados e três colonos.

O ministério condenou a escalada de ataques de colonos em muitos locais da Cisjordânia ocupada e de Jerusalém, abrindo fogo contra palestinos e seus animais e cortando centenas de árvores antigas.

Também denunciou a intenção de bloquear estradas e impedir que os fiéis cheguem à Mesquita Ibrahimi, em Hebron, para orar sob a proteção das forças de ocupação israelenses.

A organização considerou isso uma atribuição de funções com o objetivo de intensificar os crimes de anexação da Cisjordânia e de tomada de mais terras palestinas, o que impede o estabelecimento e a incorporação de um Estado palestino, além de arrastar o conflito para um ciclo de violência e caos intermináveis e difíceis de controlar.

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