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AP exige que Israel cubra os custos de reconstrução de Gaza

Homem passa por um prédio e área destruídos por um ataque aéreo israelense. As forças israelenses que se retiram de algumas áreas de Khan Yunis, em Gaza, transformaram a cidade em uma pilha de escombros e cinzas, em 25 de fevereiro de 2024 [Yaser F.q. Qudaih/ Agência Anadolu]

A Autoridade Palestina exigiu ontem que Israel arque com o ônus financeiro da reconstrução da Faixa de Gaza e demonstrasse um compromisso maior com a manutenção da solução de dois Estados, informou a Anadolu.

“Israel deve ser responsabilizado pela devastação e pelas mortes na Faixa de Gaza e assumir a responsabilidade por sua reconstrução”, disse o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh, durante uma reunião com o ministro japonês das Relações Exteriores, Tsuji Kiyoto, em Ramallah.

O governo de Shtayyeh servirá como uma administração interina até que um novo governo possa ser formado, depois que ele renunciou na segunda-feira. Ele condenou as ações de Israel, dizendo que o país “comete atrocidades graves contra o povo palestino, promove o apartheid e se comporta como se fosse imune às consequências legais”.

Ele enfatizou que a prioridade é interromper a agressão contra o povo palestino na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, incluindo Jerusalém, e abrir mais passagens com a Faixa de Gaza para permitir que a ajuda humanitária e médica urgente chegue aos que precisam desesperadamente.

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“Também precisamos ver mais esforços para preservar a solução de dois Estados e implementá-la no terreno, conseguindo isso por meio do fim da ocupação e do reconhecimento do Estado da Palestina dentro das fronteiras de 1967, com sua capital em Jerusalém”, acrescentou a autoridade cessante da AP.

Israel lançou uma ofensiva mortal na Faixa de Gaza após o ataque transfronteiriço do Movimento de Resistência Islâmica Palestina, Hamas, em 7 de outubro, no qual cerca de 1.200 israelenses teriam sido mortos, muitos deles por tanques e helicópteros das forças de ocupação de Israel. O ataque de Israel contra os palestinos em Gaza desde outubro já matou pelo menos 30.000 pessoas e feriu outras 70.000.

A ofensiva israelense deslocou 85% da população de Gaza em meio à escassez aguda de alimentos, água potável e medicamentos. De acordo com a ONU, 60% da infraestrutura civil do enclave foi danificada ou destruída, incluindo hospitais, escolas, locais de culto e residências.

O Estado de ocupação é acusado de genocídio na Corte Internacional de Justiça. Uma decisão provisória em janeiro ordenou que Israel parasse com os atos genocidas e tomasse medidas para garantir que a assistência humanitária fosse fornecida aos civis em Gaza. O país parece ter ignorado amplamente a decisão do tribunal.

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