clear

Criando novas perspectivas desde 2019

Mundo árabe condena queima do Alcorão na Suécia

29 de junho de 2023, às 13h52

Estudantes de Gaza erguem cópias do Alcorão em protesto contra a queima do livro sagrado na Suécia, em 24 de janeiro de 2023 [Mohammed Asad/MEMO]

Governos árabes condenaram um ato realizado nesta quarta-feira (28) no qual militantes de extrema-direita queimaram diversas cópias do Alcorão em frente a uma mesquita na cidade de Estocolmo, capital da Suécia. As informações são da agência de notícias Anadolu.

O Ministério de Relações Exteriores da Arábia Saudita afirmou: “Atos reincidentes e odiosos como este não podem ser aceitos de maneira alguma, pois claramente instigam a exclusão e o racismo”.

A chancelaria na Jordânia reiterou: “A queima do Alcorão sagrado é um perigoso ato de ódio e manifestação de islamofobia que incita a violência e a intolerância religiosa, de forma que não podemos considerá-lo como liberdade de expressão”.

O Ministério de Relações Exteriores da Autoridade Palestina observou: “Ataques ao Alcorão são um ato extremista de ódio e racismo e flagrante ofensa a valores de aceitação do outro, tolerância, democracia e coexistência pacífica entre as religiões”.

LEIA: Polícia da Suécia aprova protesto islamofóbico em mesquita

Em nota, o parlamento da Liga Árabe descreveu o incidente como “ato de incitação capaz de inflamar o sentimento de muçulmanos em todo o mundo”, ao denunciar as autoridades da Suécia por permitir a continuidade de tais “provocações”.

Na quarta-feira, um indivíduo identificado como Salwan Momika comandou uma queima do livro islâmico, sob escolta policial, na capital nórdica.

Em 12 de junho, um tribunal de recursos da Suécia manteve a decisão de primeira instância de impedir a polícia de conter o ato, sob o pretexto de liberdade de expressão.

LEIA: Colonos israelenses invadem mesquita, rasgam cópias do Alcorão