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Ministro israelense pede a morte de crianças palestinas

Em entrevista a uma rádio, Amihai Eliyahu se referiu aos palestinos como moscas e sugeriu que sejam todos abatidos
Urso de pelúcia nos escombros de um prédio após bombardeios israelenses contra Gaza, em 14 de maio de 2023 [Ashraf Amra/Agência Anadolu]
Urso de pelúcia nos escombros de um prédio após bombardeios israelenses contra Gaza, em 14 de maio de 2023 [Ashraf Amra/Agência Anadolu]

Durante uma entrevista à rádio local Kan Reshet Bet, Amihai Eliyahu, ministro para Assuntos de Jerusalém do Estado de Israel, sugeriu abertamente que crianças palestinas sejam mortas.

“Somos uma gente que não machuca uma mosca, mas se a mosca nos perturba, é preciso matá-la e matar suas crianças que se escondem com ela”, disse Eliyahu na última semana, em meio aos bombardeios israelenses contra áreas civis da Faixa de Gaza sitiada.

A última escalada, a maior desde os dez dias de ofensiva letal em 2021, começou quando Israel disparou uma série de ataques aéreos na madrugada de terça-feira (9), sob pretexto de eliminar alvos do movimento de resistência de Jihad Islâmica.

Sob críticas por defender a morte de crianças e desumanizar os palestinos, Eliyahu, membro do partido de extrema-direita Otzma Yehudit (Poder Judeu), liderado pelo ministro da Segurança, Itamar Ben-Gvir, insistiu no Twitter: “Ter compaixão pelas famílias dos terroristas é o que levou ao sangue e à violência”.

Autoridades de saúde de Gaza reportaram ao menos 33 mortos na última semana. No território considerado Israel – ocupado durante a Nakba ou “catástrofe”, mediante limpeza étnica, em 15 de maio de 1948 –, uma mulher israelense e um trabalhador palestino faleceram.

O regime ocupante e os grupos da resistência armada na Faixa de Gaza sitiada concordaram com um cessar-fogo mediado pelo Egito no último sábado (13).

LEIA: Após 75 anos de Nakba, um entre cada três refugiados no mundo é palestino

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