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Israel usa negligência para matar lentamente prisioneiros palestinos, alerta relatório

Penitenciária israelense de Gilboa, de onde seis prisioneiros palestinos conseguiram escapar, em 6 de setembro de 2022 [Amir Levy/Getty Images]

Israel adotou deliberadamente uma política de negligência médica contra os prisioneiros palestinos para condená-los, na prática, a uma “morte lenta”, reiterou um novo relatório compilado pelo Clube dos Prisioneiros Palestinos, ong de direitos humanos que monitora violações nas penitenciárias da ocupação.

“Ao menos 73 palestinos faleceram nas cadeias da ocupação como resultado da política de sua negligência médica (morte lenta) desde 1967”, corroborou o relatório. “O crime de negligência médica (morte lenta) e a tortura são as políticas que mais levam prisioneiros à morte”.

“Cerca de 600 prisioneiros doentes nas cadeias da ocupação, com diagnósticos confirmados há anos, enfrentam dificuldades graves; cerca de 200 presos sofrem de doenças crônicas e podem falecer a qualquer momento”, advertiu a organização.

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O Clube dos Prisioneiros Palestinos observou que “a administração carcerária [de Israel] recorre a atrasos prolongados na transferência de pacientes palestinos a hospitais, mesmo para exames médicos, como principal ferramenta para executar prisioneiros doentes”.

“Prisioneiros diagnosticados com câncer são submetidos a inquirições abusivas; alguns foram baleados antes ou durante sua prisão, mantidos na solitária por anos; outros adoeceram sob condições consideradas as piores em termos de detenção”, reafirmou o relatório. “Boa parte está ainda entre os prisioneiros mais velhos, detidos há mais de 20 anos”.

“Alguns dos prisioneiros que faleceram de câncer sofreram a degradação de sua saúde por anos antes de serem devidamente diagnosticados”, concluiu a denúncia. “A administração carcerária [israelense] deliberadamente informa os presos sobre suas condições de saúde apenas quando a doença atinge seu estágio avançado”.

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