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Palestino preso reinicia greve de fome depois que Israel cancelou o acordo para libertá-lo

Detento palestino, Khalil Awawdeh [@HudaFadil9/Twitter]

O detento palestino Khalil Awawdeh reiniciou sua greve de fome no sábado, depois que a autoridade de ocupação israelense cancelou seu acordo para libertá-lo na semana passada.

De acordo com Hasan Abed Rabbo, porta-voz da Comissão de Assuntos dos Prisioneiros Palestinos, a detenção administrativa de Khalil foi renovada por mais quatro meses, apesar de ter alcançado um acordo verbal com as autoridades israelenses para sua libertação, o que o levou a suspender seus 111 dias de greve de fome.

Khalil, pai de quatro filhos, foi preso em 27 de dezembro de 2021 e colocado em prisão administrativa – uma prática que permite às autoridades israelenses prender palestinos por um período renovável de seis meses sem acusação ou julgamento.

Abed Rabbo manifestou preocupação com a piora da saúde de Khalil, especialmente depois que ele foi transferido para a prisão de Ramleh no centro de Israel, devido à dificuldade em falar e se comunicar, além da dor severa que ele sofria por todo o corpo, especialmente em seus membros inferiores e músculos.

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O advogado da Sociedade de Prisioneiros Palestinos (SPP), Jawad Boulos, relatou que, além da visão estar debilitda, Khalil também estava vomitando sangue e tendo dificuldade para respirar.

Ele foi transferido para o hospital, mas depois retornou à clínica prisional Ramleh, apesar de seu estado de saúde.

“A saúde de Khalil está em um estado muito grave, e sua vida está em risco”, disse Ameen Shouman, chefe do SPP, ao Novo Árabe.

“As autoridades israelenses fizeram uma promessa verbal de libertar Khalil Awawdeh sem indicar a data”, acrescentou Shouman. “Esta tem sido uma batalha muito dura para Khalil, e sua vida ainda está em risco”.

De acordo com o SPP, há cerca de 4.700 palestinos detidos nas prisões israelenses, incluindo cerca de 600 detidos sem acusação ou julgamento.

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