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AP entrega bala que matou jornalista da Al Jazeera a perícia dos EUA

Muçulmanos e cristãos protestam contra o assassinato de Shireen Abu Akleh, jornalista da Al Jazeera, por forças da ocupação israelense, na Igreja de Santo Porfírio, na Cidade de Gaza, 15 de maio de 2022 [Ali Jadallah/Agência Anadolu]

A Autoridade Palestina (AP) confirmou a entrega do projétil que matou Shireen Abu Akleh, repórter da rede Al Jazeera, aos Estados Unidos, com objetivo de prosseguir com a análise forense. As informações são da agência de notícias Anadolu.

“Concordamos em permitir ao lado americano conduzir uma perícia na bala que matou Abu Akleh”, afirmou o procurador palestino Akram al-Khatib em entrevista televisionada pela Al Jazeera, na noite deste sábado (2). Khatib reiterou que o projétil não seria entregue a Israel.

Em 11 de maio, Abu Akleh, de então 51 anos, foi baleada e morta enquanto cobria uma invasão militar israelense ao campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada.

Apesar de testemunhas e evidências, Tel Aviv negou qualquer responsabilidade sobre o assassinato. Oficiais palestinos rejeitaram então um pedido israelense para realizar uma investigação conjunta sobre o incidente.

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Em 26 de maio, Khatib reportou ao público que a autópsia de Abu Akleh confirmou que a correspondente da Al Jazeera foi baleada na cabeça por um projétil anti-blindagem, cujo disparo direto indica um franco-atirador israelense.

Diversas redes de imprensa — Al Jazeera, CNN, Associated Press, Washington Post e New York Times — conduziram investigações próprias sobre a morte da repórter. Todas concluíram que Abu Akleh foi executada por um projétil israelense.

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