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Israel constrói maior reserva natural em terras palestinas desde Oslo

Postos coloniais do assentamento ilegal de Revava, perto da aldeia de Hares, na Cisjordânia ocupada, em 17 de janeiro de 2017 [Jaafar Ashtiyeh/AFP via Getty Images]

Israel construiu sua maior reserva natural em terras expropriadas da Cisjordânia ocupada desde a assinatura dos Acordos de Oslo, em 1993. A reserva – com 22 dunums de terras – foi instalada ao sul da cidade histórica de Jericó.

Acordos de Oslo, o 25º aniversário [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

A medida foi condenada por Nabil Abu Rudeineh, porta-voz do presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas.

Diversas aldeias foram confiscadas, destacou Abu Rudeineh, para serem subjugadas ao plano colonial E1, que pretende isolar Jerusalém ocupada do restante da Cisjordânia.

A reserva natural Wadi Og deve abater ainda mais a área de pastoreio dos criadores palestinos, na região de Umm Zuka, no Vale do Jordão. Famílias vulneráveis, que dependem da agricultura para sobreviver, devem sofrer impacto direto.

De acordo com a ong israelense Peace Now: “Não se trata de proteção ambiental, mas sim tomar controle da terra. Nos territórios ocupados, as reservas naturais são uma das muitas ferramentas adotadas por Israel para privar os palestinos de suas posses”.

Além disso, denunciou a organização, o governo israelense aparentemente busca entrincheirar ainda mais sua ocupação ilegal na Palestina histórica “por todos os meios possíveis”.

“A ocupação não vai desaparecer em meio ao verde; a ocupação permanece como uma mancha no rosto do Estado de Israel. É hora de superá-la”, concluiu a Peace Now.

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