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ONU urge Arábia Saudita a libertar prisioneiros palestinos ‘imediatamente’

22 de outubro de 2021, às 14h37

Protesto em solidariedade aos prisioneiros mantidos nas cadeias sauditas, em frente ao escritório da Cruz Vermelha na Cidade de Gaza, 16 de outubro de 2019 [Ashraf Amra/Apaimages]

Autoridades sauditas devem revogar a prisão de cidadãos palestinos “imediatamente”, advertiu ontem (21) o Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre Detenção Arbitrária.

Segundo o comunicado, Mohammed al-Khodari e Hani al-Khodari são privados de sua liberdade sob pretextos de discriminação contra os nativos palestinos.

Pai e filho permanecem em custódia desde abril de 2019. O recente relatório observou que Riad “não estabeleceu qualquer base legal para a prisão de ambos”.

“O direito de Mohammed e Hani de não serem submetidos a detenção arbitrária foi violado, pois continuam presos sob circunstâncias ilegais, inadequadas e desnecessárias … privados de seu direito básico a um julgamento justo”, acrescentou o documento.

A entidade das Nações Unidas acusou as autoridades sauditas de adotarem “medidas discriminatórias” contra 60 palestinos capturados em massa. Os prisioneiros não tiveram acesso a advogados, tampouco têm conhecimento claro sobre as acusações.

Mohammed Saleh al-Khodari, de 83 anos, foi indicado em 1993 como primeiro representante do movimento palestino Hamas no território saudita.

Na prisão, não obstante, perdeu parcialmente a mobilidade de sua mão direita e depende da ajuda de seu filho, também encarcerado, para se alimentar e sobreviver.

Em agosto, a justiça penal da monarquia emitiu sentenças contra diversos palestinos e jordanianos, desde absolvição a até 22 anos em regime fechado.

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