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Etiópia propõe solução urgente ao impasse sobre a Represa do Renascimento

Grande Represa do Renascimento, Etiópia, dezembro de 2019 [Eduardo Soteras/AFP/Getty Images]
Grande Represa do Renascimento, Etiópia, dezembro de 2019 [Eduardo Soteras/AFP/Getty Images]

Nesta quarta-feira (21), a Etiópia sediou uma breve conferência da União Africana para tentar prosseguir com as negociações concernentes às operações da Grande Represa do Renascimento, sob impasse entre Addis Ababa, Cairo e Cartum.

Em comunicado, a chancelaria etíope destacou: “A Etiópia crê que a solução para avançar com as negociações sobre a Grande Represa do Renascimento é pedir ao Presidente da União Africana Felix Tshisekedi para convocar um encontro com o intuito de superar o impasse”.

Em 13 de abril último, o Primeiro-Ministro do Sudão Abdallah Hamdok enviou uma carta ao premiê etíope Abiy Ahmed e ao premiê egípcio Mostafa Madbouly para sugerir uma reunião tripartite dentro de dez dias, com o propósito de avaliar as negociações.

Segundo a nota, a resposta de Ahmed reiterou: “O pressuposto de que a negociação é um fracasso não é verdade, pois vimos resultados concretos, como a Declaração de Príncipios”.

Em 23 de março de 2015, Egito, Sudão e Etiópia assinaram uma Declaração de Princípios sobre a Represa do Renascimento, a fim de demonstrar boa intenção.

O Ministério de Relações Exteriores da Etiópia enfatizou em seu comunicado: “A carta enviada ao primeiro-ministro etíope referia-se à reunião de Kinshasa e ao acordo alcançado sobre a retomada do diálogo tripartite liderado pela União Africana”.

Em 6 de abril, uma rodada de negociações encerrou-se em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, sem conquistar qualquer progresso, conforme declarações emitidas pelos governos no Cairo e em Cartum.

A Etiópia insiste em prosseguir com o segundo preenchimento da barragem em julho próximo, mesmo que não seja assinado um acordo vinculativo.

Egito e Sudão reivindicam a assinatura de um pacto tripartite, para preservar suas próprias instalações hídricas e garantir a continuidade de seu fluxo anual de recursos do Nilo.

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