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Brasil vota a favor de Israel no Conselho de Direitos Humanos da ONU

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu tocam o muro das lamentaçõesl, o local mais sagrado onde os judeus possam orar, na Cidade Velha de Jerusalém, em 1º de abril de 2019. [Menahem Kahana/Pool/AFP/Getty]
O presidente brasileiro Jair Bolsonaro e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu tocam o muro das lamentaçõesl, o local mais sagrado onde os judeus possam orar, na Cidade Velha de Jerusalém, em 1º de abril de 2019. [Menahem Kahana/Pool/AFP/Getty]

Nesta terça-feira (23), o Brasil demonstrou novamente a sua aliança com Israel e votou a favor do estado de ocupação em uma resolução no Conselho de Direitos Humanos da ONU. O encontro discutiu o texto “Situação dos direitos humanos nos Territórios Palestinos Ocupados, incluindo Jerusalém Oriental, e a obrigação de garantir a responsabilidade e a justiça” apresentado pelo Paquistão, em nome da OIC (Organização para a Cooperação Islâmica).

Apenas outros cinco países votaram a favor de Israel, e a Resolução foi aprovada com 32 votos a favor e oito abstenções. Em seu discurso, a diplomata Maria Luisa Escorel de Moraes afirmou que o Brasil acredita em um acordo de paz entre palestinos e israelenses que garanta uma “solução justa e aceitável aos dois lados” e está pronto para dialogar construtivamente com as partes interessadas.

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“Brasil reitera o seu apoio ao direito de autodeterminação do povo palestino, de acordo com o direito internacional.”, disse a diplomata. “E considera importante que o Conselho continue a monitorar a situação dos direitos humanos nos Territórios Palestinos Ocupados.”

Entretanto, o país afirmou “lamentar aspectos chave” do texto, afirmando que ele é “desequilibrado, parcial e tendencioso”. Segundo a representação brasileira, o texto ressalta “Israel por irregularidades, ignorando as violações dos direitos humanos cometidas por outras partes. As questões de responsabilidade na justiça criminal internacional parecem estar deslocadas e mal interpretadas no texto. Da mesma forma, as referências sobre possíveis crimes de guerra e crimes contra a humanidade não têm lugar na resolução que deveria se concentrar em relatórios do Alto Comissariado para os Direitos Humanos.”

O Brasil solicitou uma votação sobre a resolução, postura feita por aliados, e votou contra. Até o ano passado a resolução era dividida em dois documentos, uma sobre a situação dos direitos humanos no local e outra sobre o pedido de justiça. Os países árabes aceitaram unir o texto em um após reclamações de um excesso de resoluções contra Israel.

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