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Biden manterá embaixada em Jerusalém, mas busca um estado palestino

Consulado dos Estados Unidos em Jerusalém, 18 de outubro de 2018 [Thomas Coex/AFP/Getty Images]
Consulado dos Estados Unidos em Jerusalém, 18 de outubro de 2018 [Thomas Coex/AFP/Getty Images]

O governo de Joe Biden, presidente eleito dos Estados Unidos, que toma posse na tarde de hoje (20), manterá a embaixada americana em Jerusalém, confirmou ontem seu Secretário de Estado Antony Blinken, durante sua audiência de confirmação no Senado.

“Você concorda que Jerusalém é a capital de Israel e se compromete em manter nossa embaixada em Jerusalém?”, perguntou Ted Cruz, senador republicano pelo estado do Texas, acusado de incitar a invasão ao Capitólio no início de janeiro.

Blinken então preservou duas das principais decisões de política internacional do presidente de partida Donald Trump, ao responder: “Sim e sim”.

Trump anunciou a transferência da embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv a Jerusalém em 2018, movimento considerado crítico em termos de diplomacia e contrário a décadas de consenso e negociações internacionais.

O controverso governo Trump também agradou israelenses e indignou palestinos ao reconhecer a cidade como capital “única e indivisível” do estado sionista. A comunidade internacional, até então, recusou-se a fazê-lo.

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A liderança palestina condenou Trump, ao afirmar que suas medidas sobre Jerusalém, além da suspensão das doações americanas à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), demonstra parcialidade e discriminação.

Blinken sugeriu ainda que o presidente democrata aumentará esforços para estabelecer um estado palestino independente, mas reconheceu dificuldades. Não obstante, o futuro homem forte de Biden opôs-se expressamente a campanhas de pressão a Israel via boicote.

Durante a audiência, ao contrário, Blinken fez um apelo por “medidas para construir confiança … a fim de criar um ambiente no qual podemos mais outra vez ajudar a avançar em uma solução para a relação israelo-palestina”.

“A única forma de garantir o futuro de Israel como um estado judeu e democrático e conceder um estado aos palestinos, ao qual possuem direito, é através da chamada solução de dois estados”, reiterou o diplomata americano.

“De modo realista, penso ser difícil vermos avanços de curto prazo sobre esta questão”, concluiu, porém.

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