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Briga em uma base de treinamento de Israel deixa 21 soldados feridos

Soldados israelenses caminham juntos durante treinamento militar perto de um campo israelense na aldeia de Yatta, sul da Cisjordânia ocupada, 16 de setembro de 2020 [Hazem Bader/AFP/Getty Images]
Soldados israelenses caminham juntos durante treinamento militar perto de um campo israelense na aldeia de Yatta, sul da Cisjordânia ocupada, 16 de setembro de 2020 [Hazem Bader/AFP/Getty Images]

O Exército de Israel deverá punir os soldados envolvidos em uma altercação ocorrida em uma base de treinamento militar, neste domingo (11), além de seus comandantes.

O incidente na base de treinamento Ketziot, da Brigada de Infantaria Givanti, deixou 21 soldados feridos, incluindo oito hospitalizados. A briga ocorreu, segundo relatos, quando unidades de reconhecimento do 585° Batalhão Beduíno e unidades do Batalhão Shaked esperavam na fila para o almoço.

“Uma discussão teve início na fila para a refeição”, reportou o exército israelense em nota sobre o incidente. Segundo o comunicado militar, a altercação saiu do controle devido a “falha de toda a corrente de comando”.

Segundo relatos locais, a discussão chegou ao ponto de um dos soldados engatilhar sua arma.

O jornal Times of Israel reportou que cerca de trinta soldados participaram da peleja, que durou em torno de dez minutos, antes do comandante local chegar ao refeitório e encerrar a disputa.

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Um segundo confronto ocorreu a seguir no pronto-socorro da base, entre dois soldados presentes ali para tratamento médico, após a primeira briga. “Esta foi rapidamente apartada por um comandante”, alegou o exército.

O Exército de Israel argumentou que a altercação trata-se de “incidente grave e raro … inconsistente com os valores das Forças de Defesa de Israel [FDI] e com o comportamento requerido dos soldados”.

O treinamento militar na base foi suspenso até o fim da semana para ambos os batalhões envolvidos na disputa, segundo um porta-voz do exército. Uma investigação teve início para aplicar as devidas medidas punitivas.

Em entrevista à emissora de notícias israelense N12, um comandante que testemunhou a briga afirmou: “Em todos os meus anos de FDI, jamais vi evento tão deplorável”.

O 585° Batalhão Beduíno é composto por voluntários beduínos e árabes cristãos. Drusos, judeus e circassianos são aceitos como recrutas oficiais do exército.

Segundo o jornal The Jerusalem Post, estima-se que 1.500 beduínos sirvam hoje ao exército israelense, conforme esforços de recrutamento, a despeito da política continuada de demolição de aldeias beduínas “não reconhecidas”, ao sul do território ocupado por Israel.

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