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Turquia rejeita cessar-fogo ‘superficial’ para confronto Azerbaijão-Armênia

Mulher carrega seus pertences para fora de um edifício danificado por recentes bombardeios, em Stepanaker, principal cidade da região disputada de Nagorno-Karabakh, 3 de outubro de 2020 [AFP/Getty Images]
Mulher carrega seus pertences para fora de um edifício danificado por recentes bombardeios, em Stepanaker, principal cidade da região disputada de Nagorno-Karabakh, 3 de outubro de 2020 [AFP/Getty Images]

Neste sábado (3), a Turquia rejeitou os apelos que considerou “superficiais” por um cessar-fogo no sul do Cáucaso, onde mantém apoio ao Azerbaijão, após uma semana de combates contra forças armênias, na região disputada de Nagorno-Karabakh.

As informações são da agência Reuters.

Rússia, Estados Unidos e França exortaram o fim das hostilidades, mas a Turquia, potência regional influente na geopolítica do Cáucaso, insiste no apoio ferrenho aos azeris, ao reiteradamente acusar os armênios de “ocupação” e reivindicar sua retirada.

Na sexta-feira (2), a Armênia declarou que trabalharia com as três grandes potências em direção a um cessar-fogo. Contudo, o Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan alegou que não há lugar no processo de paz para os três países, ao reiterar que Ancara apoia os “oprimidos” no sul do Cáucaso.

LEIA: Turquia está pronta para apoiar Azerbaijão no conflito com a Armênia, afirma chanceler

O Ministro de Relações Exteriores da Turquia Mevlut Cavusoglu afirmou ao jornal italiano La Stampa que a Rússia pode exercer um papel de mediação para instituir um cessar-fogo na região, mas “somente caso neutro”.

“Demandas superficiais por um fim imediato das hostilidade e cessar-fogo permanente não serão úteis neste momento”, declarou Cavusoglu, segundo a agência estatal turca Anadolu.

Moscou possui um pacto de defesa com a Armênia, mas preserva boas relações com o governo azeri.

Nagorno-Karabakh representa uma região de fronteira pertencente de jure ao Azerbaijão, contudo, onde grupos étnicos armênios são vasta maioria e possuem autonomia de facto.

No sábado, a administração local reportou que 51 profissionais de equipes presentes na região foram mortos durante os confrontos com o Azerbaijão, aumento significativo no índice de baixas, após uma semana de guerra.

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