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Arábia Saudita digitaliza 250.000 páginas sobre a história palestina de Jerusalém

Muçulmanos reúnem-se para realizar a oração de sexta-feira no complexo da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, 21 de fevereiro de 2020 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]
Muçulmanos reúnem-se para realizar a oração de sexta-feira no complexo da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, 21 de fevereiro de 2020 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

A Biblioteca Pública Rei Abdul Aziz (KAPL), em Riad, capital saudita, compilou e digitalizou 820 registros da Corte de Shariah de Jerusalém, a fim de conservar coletâneas sob risco, relativas à história palestina e seu patrimônio cultural.

Os arquivos, reunidos em colaboração com a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), compreendem mais de 250.000 páginas de livros e mapas, que cobrem a história de Jerusalém desde 1528. Tais registros estão agora disponíveis online na Rede de Bibliotecas da UNRWA.

Como parte deste projeto, a KAPL também publicou um grande volume ilustrado sob o título de “Al-Aqsa”, que contém uma ampla antologia de documentos raros e fotografias históricas dos locais sagrados e patrimônios mundiais, como o Domo da Rocha e a Mesquita de Al-Aqsa.

Tais compilações são importantes para preservar o patrimônio da Palestina histórica, diante de políticas e práticas israelenses para tentar sistematicamente apagá-los, em particular, no que se refere ao status histórico e legal de Jerusalém ocupada e da Mesquita de Al-Aqsa, além da própria identidade cultural coletiva do povo palestino.

LEIA: Remapeamento da Palestina: Porque o projeto israelense de apagamento da cultura palestina não irá vencer

Majed al-Ahdal, defensor da documentação de elementos históricos, relatou à rede Arab News: “A documentação, por definição, é uma manifestação da humanidade e da civilização; trata-se de uma condição humana que expressa a vida do indivíduo e seu profundo desejo pela imortalidade.”

A biblioteca saudita é uma das mais importantes instituições no mundo árabe com interesse em coletar e documentar publicações intelectuais relacionadas à história da região e de tradições históricas, presentes no local ao longo de períodos significativos de tempo.

“A documentação hoje é um meio de sobreviver à erosão identitária e histórica de todos os seres humanos”, concluiu al-Ahdal.

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