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Turquia condena remoção de placa em Jerusalém por autoridades de Israel

Pacotes de ajuda humanitária da Agência de Cooperação e Coordenação da Turquia (TIKA) chegam a local de distribuição a pessoas em necessidade em Ramallah, Cisjordânia ocupada, 4 de maio de 2020 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]
Pacotes de ajuda humanitária da Agência de Cooperação e Coordenação da Turquia (TIKA) chegam a local de distribuição a pessoas em necessidade em Ramallah, Cisjordânia ocupada, 4 de maio de 2020 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

A remoção da placa da Agência de Cooperação e Coordenação da Turquia (TIKA) instalada no Cemitério Yusufiye, em Jerusalém, por ação da Polícia de Israel, causou uma crise política com a Turquia.

Nesta quarta-feira (24), o diretor de comunicação da Turquia Fahrettin Altun afirmou que o ato demonstra ódio israelense em relação à bandeira turca.

“A remoção da placa da TIKA no Cemitério Yusufiye pela polícia israelense, em Jerusalém, é manifestação de um ódio profundo contra nossa bandeira da estrela e crescente, refúgio para os oprimidos em todo o mundo. A razão para este ódio é bastante conhecida”, declarou Altun.

Autoridades israelenses destruíram a placa colocada pela TIKA, que exibia a bandeira nacional da Turquia.

A placa foi instalada no local após restauração do cemitério islâmico, localizado nas terras ocupadas de Jerusalém Oriental, para marcar a contribuição da Turquia no projeto.

LEIA: Papel da Turquia na Líbia ameaça interesses de Israel, alega entidade sionista

Jerusalém Oriental e o restante da Cisjordânia são considerados territórios ocupados segundo a lei internacional. Assentamentos israelenses na região, assim como agressões contra patrimônios islâmicos e o projeto de anexação são, portanto, terminantemente ilegais.

Em maio, o Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu anunciou que seu governo anexaria oficialmente o Vale do Jordão e todos os blocos de assentamentos na Cisjordânia ocupada.

Palestinos alertaram que revogarão acordos bilaterais com Israel caso o plano avance com a anexação de fato das terras palestinas ocupadas, o que prejudicaria ainda mais a solução de dois estados.

O plano de anexação é parte do chamado “acordo do século”, anunciado em 28 de janeiro pelo Presidente dos Estados Unidos Donald Trump. A proposta refere-se a Jerusalém como “capital indivisível de Israel” e reconhece soberania israelense sobre grande parte da Cisjordânia.

O plano prevê eventual estabelecimento de um estado palestino, na forma de cantões isolados, conectados apenas por túneis e pontes. Números palestinos estimam que, sob o plano americano, Israel deverá anexar entre 30 a 40% da Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental.

LEIA: Ninguém pode tomar terras palestinas, afirma o presidente turco Recep Erdogan

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