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Massacre de Rabaa representa o ‘pior assassinato em massa’ no Egito moderno

Homem egípcio em desespero durante violenta repressão das forças de segurança do país ao protesto pacífico na Praça Rabaa al-Adawiyya, Cairo, capital do Egito, 14 de agosto de 2013 [Mohammed Elshamy/Agência Anadolu]
Homem egípcio em desespero durante violenta repressão das forças de segurança do país ao protesto pacífico na Praça Rabaa al-Adawiyya, Cairo, capital do Egito, 14 de agosto de 2013 [Mohammed Elshamy/Agência Anadolu]

A organização internacional Human Rights Watch (HRW) reportou que o massacre na Praça Rabaa al-Adawiyya, executado contra manifestantes civis pelo Exército do Egito, permanece como o pior assassinato de massa na história moderna do país, reportou a rede New Khalij.

Segundo declaração pública, o grupo de direitos reivindicou reiteradamente uma investigação internacional sobre massacre. Também demanda de autoridades judiciais de outros países que investigue os eventos de 14 de agosto de 2013, no Cairo, a fim de indiciar devidamente os responsáveis. Há ainda apelos para julgar a tortura sistemática e a política de assassinatos extrajudiciais de manifestantes.

O Human Rights Watch enfatizou que nenhum oficial do governo ou segurança foi investigado ou indiciado no Egito, após o massacre, que resultou em aproximadamente 1.000 mortos e 4.000 feridos. Muitos sobreviventes do brutal ataque militar foram condenados à morte ou sentenças severas após “julgamentos injustos”, segundo a entidade.

Em agosto de 2013, o Egito vivenciou um de seus mais brutais massacres; foram 1.000 mortos e 800 detidos – ninguém foi responsabilizado

Em agosto de 2014, a organização publicou descobertas de uma investigação abrangente sobre o massacre de Rabaa, após um ano de inquérito. Concluiu: “Os assassinatos não apenas representam violações graves da lei humanitária internacional, mas também prováveis crimes contra humanidade, dada sua natureza generalizada e sistemática; evidências sugerem que os assassinatos foram parte de uma política deliberada.”

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