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Argélia sugere adiantar reunião da OPEP+ para o início de junho

Organização de Países Exportadores de Petróleo [foto de arquivo]
Organização de Países Exportadores de Petróleo [foto de arquivo]

O Presidente da Argélia Abdelmadjid Tebboune propôs adiantar o próximo encontro do grupo de países produtores de petróleo e aliados, conhecido como OPEP+, para o dia 4 de junho, conforme carta oficial do país africano a membros da entidade. A reunião está prevista para 9 e 10 de junho. As informações são da agência Reuters.

O Ministro de Energia da Argélia Mohamed Arkab afirmou na carta que debateu o assunto com “alguns ministros”, a fim de adiantar as datas, o que poderia “facilitar indicações”.

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O termo “indicação” é utilizado pela Arábia Saudita, líder de fato da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), além de Iraque e Kuwait, para distribuir índices de petróleo cru a compradores tradicionais, conforme demanda. As indicações ocorrem em torno do dia 10 de cada mês.

Em abril, a OPEP+ decidiu cortar sua produção em número recorde de 9.7 milhões de barris por dia, isto é, 10% da produção global, com o objetivo de melhorar os preços em decorrência das medidas restritivas do coronavírus, responsáveis por grave redução na demanda.

Fontes relataram que Arábia Saudita propõe estender os cortes de maio e junho até o fim do ano, política que ainda carece de apoio da Rússia, que mantém posição de atenuar gradualmente os cortes.

Na sexta-feira (29), uma pesquisa mensal conduzida pela Reuters demonstrou que os índices de produção de petróleo atingiram seu nível mais baixo em duas décadas, no mês de maio, após Arábia Saudita e outros países executarem cortes históricos no fornecimento.

Entretanto, a pesquisa também revelou que o cumprimento geral do pacto manteve-se em 75%, pois Nigéria e Iraque deixaram de respeitar sua parte nos cortes.

O ministro argelino declarou em sua carta que o baixo índice de cumprimento das normas “deve resultar em impacto adverso assim que se abram os mercados nesta segunda-feira”.

“A iniciativa de alguns estimados ministros para corrigir tais estimativas deve ser elogiada. É bastante construtivo, caso mensagens positivas possam ser compartilhadas por todos, no que se refere aos compromissos feitos”, reiterou Arkab.

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