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Jordânia adverte Israel sobre conflitos maciços devido à anexação

As forças israelenses intervêm em um grupo de palestinos que se manifestam em apoio ao prisioneiro palestino Samer al-'Arbid, que foi preso pelo exército israelense durante um ataque na cidade ocupada de Ramallah, na Cisjordânia, na semana passada, em frente ao Hospital Hadassah em Jerusalém, em 1º de outubro de 2019 [Faiz Abu Rmeleh / Agência Anadolu]

O rei jordaniano, Abdullah II, alertou na sexta-feira sobre as consequências da anexação da Cisjordânia por Israel, informou a Agência Anadolu.

“Se Israel realmente anexar a Cisjordânia em julho, isso levará a um conflito maciço com o Reino Hachemita da Jordânia”, disse o rei em entrevista ao Der Spiegel.

“Os líderes que defendem uma solução de um estado não entendem o que isso significará”, disse ele, acrescentando que haverá mais caos e extremismo na região.

Israel prevê fazer a anexação em 1º de julho, conforme acordado entre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o chefe do partido Azul e Branco Benny Gantz.

As autoridades palestinas ameaçaram abolir acordos bilaterais com Israel se prosseguir com os planos de anexação, o que prejudicará a solução de dois estados.

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A anexação faz parte do chamado Acordo do Século do presidente dos EUA, Donald Trump, que foi anunciado em 28 de janeiro. Refere-se a Jerusalém como “capital indivisa de Israel” e reconhece a soberania israelense sobre grandes partes da Cisjordânia.

O plano estabelece um estado palestino na forma de um arquipélago conectado por pontes e túneis.

As autoridades palestinas dizem que, de acordo com o plano dos EUA, Israel anexará 30 a 40% da Cisjordânia, incluindo toda Jerusalém Oriental.

O plano atraiu críticas generalizadas do mundo árabe e foi rejeitado pela Organização de Cooperação Islâmica, que instou “todos os Estados membros a não se engajarem nesse plano ou a cooperar de qualquer forma com o governo dos EUA na implementação”.

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