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Destruição do setor de saúde pelo regime impõe risco aos sírios diante do coronavírus

Equipes de defesa civil (Capacetes Brancos), em vestes de proteção, iniciam trabalhos de desinfecção como parte das medidas preventivas contra a pandemia de coronavírus (Covid-19), na província de Idlib, Síria, 22 de março de 2020 [Izzeddin Idlibi/Agência Anadolu]

Na Síria, civis lutam para se proteger contra o potencial surto de coronavírus na província de Idlib, noroeste da Síria, onde ataques conduzidos pelo regime de Bashar al-Assad, com apoio russo, dizimaram o setor de saúde, segundo declaração divulgada ontem (24) pelo grupo de defesa civil conhecido como Capacetes Brancos.

“As campanhas imorais e desumanas conduzidas pela Rússia e pelo regime contra os sírios estão os levando a uma vida inóspita em tendas, o que impõe grave risco de um desastre iminente a quatro milhões de civis diante da propagação do coronavírus no noroeste da Síria”, escreveu o grupo de defesa civil em sua página do Twitter.

“Além das operações preventivas de desinfecção contra o coronavírus, equipes dos Capacetes Brancos estão visitando pessoas em campos e aldeias para fornecer orientações médicas de prevenção, a fim de conscientizar a população civil sobre a doença”, prosseguiu a declaração.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que exames para diagnosticar o novo coronavírus estarão disponíveis no noroeste da Síria nos próximos dias, dentre receios de um desastre ainda maior caso a pandemia atinja os superlotados campos de refugiados locais.

Segundo a Sociedade Médica Sírio-Americana (SAMS), que opera em campo nas regiões mantidas pela oposição, no noroeste da Síria, grupos de oposição tentaram limitar o movimento de pessoas a partir de dois postos de controle nas principais frentes da região, sob receios de que a infecção se dissemine a partir das áreas do governo.

Na última quarta-feira (18), a Alemanha anunciou suspensão de seus programas de reassentamento de refugiados devido ao surto do coronavírus e impôs diversas restrições para conter a propagação da doença.

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