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Segundo a ONU, pesadelo em Idlib está piorando

Equipe de defesa civil resgata os mortos após ataques aéreos executados por aviões de guerra de Assad e da Rússia contra a zona de desescalada da aldeia de Kafriya, na província de Idlib, Síria, 13 de julho de 2019 [Ahmet Ways/Agência Anadolu]

“O pesadelo em Idlib está piorando,” afirmou Mark Cutts, Vice-Coordenador Regional Humanitário para a Crise na Síria, após ataques aéreos russos contra a cidade de Maarat al-Numaan resultarem na morte de 39 civis nesta segunda-feira (22).

Declarou ainda que os ataques aéreos resultaram em mais de cem homens, mulheres e crianças gravemente feridos. Segundo Cutts: “Acabamos de ver um dos ataques mais mortais executados sobre áreas civis desde o início dos confrontos, há três meses atrás.”

A declaração esclarece que alguns dos corpos no local estavam aos pedaços ou carbonizados, impossibilitando a tarefa de identificação. Há também muitas vítimas entre mulheres e crianças, algumas com ferimentos gravíssimos.

O comentário de Cutts ainda observa que os dedicados e corajosos trabalhadores humanitários estão fazendo o melhor possível para auxiliar os residentes locais, com apoio das Nações Unidas. Entretanto, neste tipo de ambiente, ninguém está seguro.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) classificou o ataque de segunda-feira como um dos mais violentos desde o fim de abril, data que marcou a escalada ainda mais dramática dos confrontos no noroeste da Síria.

A agência da ONU ainda destacou que toda essa conjuntura é parte de uma nova onda de ataques, executados nos últimos meses, cujos alvos são pontos vitais de infraestrutura civil no noroeste da Síria, incluindo instalações médicas, escolas, estações de tratamento de água e mesmo padarias. Segundo a agência, as Nações Unidas ainda documentaram mais de 400 mortes entre civis.

Cutts destacou que nada pode justificar ataques contra civis e infraestrutura civil, e exigiu a imediata suspensão da ofensiva militar.

A equipe de Coordenadores de Resposta Regional também divulgou uma declaração nesta quarta-feira (24), na qual informa que 210 pessoas foram mortas e feridas nas províncias de Idlib e Aleppo, no norte da Síria, e na província central de Hama, após ataques aéreos executados pela Rússia e por forças do regime sírio na última segunda-feira.

A estimativa da equipe humanitária ainda detalhou o número de mortos: 53 civis, incluindo nove crianças, em Idlib; sete civis, incluindo duas crianças, em Hama; e quatro civis, incluindo duas crianças, em Aleppo. Estimou também que 146 pessoas foram feridas.

A declaração relatou que os aviões de guerra russos e sírios investiram contra centros vitais nas províncias citadas, incluindo dois mercados, quatro hospitais e quatro escolas, segundo informações da rede de notícias The New Arab.

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