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Irã pode prorrogar resposta com ‘mísseis avançados’, alerta ex-agente israelense

20 de junho de 2025, às 10h34

Danos causados por mísseis iranianos em Ramat Gan, na zona metropolitana de Tel Aviv, em 19 de junho de 2025 [Nir Keidar/Agência Anadolu]

O Irã mantém estoques de mísseis — incluindo itens avançados — capazes de sustentar ataques retaliatórios por um longo período, apesar de eventuais perdas de lideranças importantes, para os ataques israelenses, confirmou nesta quinta-feira (19) uma fonte de inteligência de Tel Aviv, em conversa com a NBC News.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

O ex-agente caracterizou a abordagem de Teerã como um demonstrativo de “paciência estratégica”, ao alertar para os riscos de subestimar sua resposta.

“O Irã tem firmeza e capacidade de continuar e sustentar os ataques”, ressaltou. Para a fonte, é preciso prudência em falar sobre a queda do regime.

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Nas 24 horas entre quarta e quinta-feira, os onerosos sistemas de Israel interceptaram apenas 65% dos disparos iranianos, comparado a quase 90% no dia anterior. Os dados, corroborou a fonte, demonstram rápida queda nas taxas de interceptação.

Segundo o alerta, Teerã tem usado mísseis avançados de alta velocidade, que reduzem o tempo de resposta israelense de 10-11 minutos a seis-sete minutos. Seus sistemas de navegação também se tornaram mais precisos.

Israel lançou ataques não-provocados a áreas civis, militares e nucleares do Irã há uma semana, com réplica desde então.

Segundo oficiais americanos, ao recomendarem racionamento, o arsenal disponível em Israel pode interceptar projéteis por apenas dez a 12 dias. Neste entremeio, o conflito transcorre como guerra de atrito.

O Estado israelense — que conduz um genocídio em Gaza há 20 meses — justifica suas ações sob a propaganda de guerra de Teerã estaria prestes a obter uma arma nuclear. De sua parte, o Estado persa reafirma objetivos não-militares.

Os ataques israelenses congelaram negociações entre Irã e Estados Unidos, mediadas por Omã, que deveriam seguir no último domingo (15), para conter o enriquecimento de urânio iraniano em troca da suspensão de sanções.

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