O general Kobi Mandelblit, censor-chefe do exército israelense, ordenou nesta quarta-feira (18) processos penais contra cidadãos e agências de imprensa que publiquem ou distribuam materiais relacionados aos ataques iranianos ou zonas atingidas.
A ordem abrange “localidades dos ataques ou atingidas por material bélico do inimigo, incluindo mísseis de qualquer tipo e veículos aéreos não-tripulados [drones], na mídia ou online — incluindo redes sociais, blogs, chats etc.”
Conforme a diretiva, registros devem ser submetidos às autoridades militares para que esta defira ou revise sua eventual publicação. Ordens de censura remetem também ao número de baixas, sugerindo subnotificação do lado israelense.
Segundo fontes militares, um dos “casos mais sérios” envolveu a circulação de notícias sobre um míssil balístico iraniano que atingiu o complexo industrial de Bazan, principal refinaria de petróleo do Estado colonial, na região de Haifa.
Fontes legais confirmaram que a ordem proporciona às autoridades novas ferramentas para acossar infratores, sob o pretexto de segurança.
O Estado da ocupação israelense trata comunicação como parte crucial de sua política de propaganda de guerra, em detrimento dos direitos da liberdade de imprensa, assim como do direito do público a transparência e informação.
Redes em árabe são particularmente afetadas.
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