A polícia da ocupação israelense invadiu acomodações de numerosos trabalhadores de televisão na cidade portuária de Haifa, no norte da Palestina histórica, na noite desta segunda-feira (16).
Equipes da emissora turca TRT em árabe e da emissora Al-Ghad TV, radicada em Dubai, confirmaram os ataques, incluindo invasões policiais a residências de membros de suas equipes.
As operações seguiram ordens de Itamar Ben-Gvir, político supremacista e ministro de Segurança Nacional, para que agências de polícia e inteligência interna impedissem as transmissões de imprensa de redes estrangeiras.
Em nota, a polícia admitiu capitular à diretiva de “tolerância zero” de Ben-Gvir.
Conforme os policiais, os indivíduos foram alvejados após direcionarem as câmeras ao porto de Haifa, a partir de um quarto de hotel. Os equipamentos foram confiscados; os trabalhadores convocados a interrogatório.
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Nesta segunda, Ben-Gvir instruiu o serviço de segurança interna Shin Bet a agir contra “emissoras estrangeiras de TV que ameaçam a segurança do Estado”.
A repressão de Israel à cobertura de guerra sucede um míssil iraniano que atingiu com êxito uma refinaria de petróleo em Haifa, na manhã de 15 de junho. A rede Al Jazeera transmitiu o ataque ao vivo.
Também nesta segunda, disparos israelenses atingiram a emissora estatal de televisão do Irã, enquanto seu noticiário estava ao vivo. Estima-se jornalistas mortos.
O Estado da ocupação israelense trata comunicação como parte crucial de sua política de propaganda de guerra, em detrimento dos direitos da liberdade de imprensa, assim como do direito do público a transparência e informação.
Redes em árabe são particularmente afetadas.
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