Dez sindicatos do Egito, chefiados pelo Sindicato dos Jornalistas, enviaram uma carta à embaixada dos Estados Unidos no Cairo para “condenar” ameaças do novo presidente Donald Trump de deslocar à força os palestinos de Gaza.
“Como representantes de cinco milhões de trabalhadores egípcios, declaramos nossa rejeição absoluta do deslocamento do povo palestino”, destacou a carta, ao notar que as declarações de Trump “constituem um ataque direto e flagrante contra a soberania e a segurança das nações árabes, além de violação da lei internacional”.
A carta, submetida em árabe e inglês, observou ainda que qualquer passo no sentido da transferência compulsória das comunidades palestinas representa “crime contra a humanidade [e] apoio a esforços de limpeza étnica, em completo desprezo ao direito do povo palestino por sua autodeterminação”.
Os sindicatos reiteraram a importância da rejeição do governo do Egito, sob a presidência de Abdel Fattah el-Sisi, e reivindicaram a manutenção de políticas favoráveis ao direito legítimo de um Estado palestino independente com Jerusalém como sua capital.
Os signatários reivindicaram de Trump que se retrate por suas declarações e encerre a cumplicidade americana com a ocupação e a agressão israelense contra os palestinos, ao destacar que a estabilidade regional depende de uma solução justa e abrangente a sua causa legítima.
Entre os signatários, estão sindicatos de jornalistas, engenheiros, advogados, médicos, atores, cineastas, odontologistas, veterinários e comerciantes.
LEIA: Incitação e ação apontam para um genocídio ainda em curso