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Sindicatos no Egito condenam plano de Trump para reassentar os palestinos

4 de fevereiro de 2025, às 17h33

Cidadãos egípcios protestam na travessia de Rafah, na fronteira com Gaza, contra as propostas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de deslocar os palestinos a Egito e Jordânia, em 31 de janeiro de 2025 [Ali Moustafa/Getty Images]

Dez sindicatos do Egito, chefiados pelo Sindicato dos Jornalistas, enviaram uma carta à embaixada dos Estados Unidos no Cairo para “condenar” ameaças do novo presidente Donald Trump de deslocar à força os palestinos de Gaza.

“Como representantes de cinco milhões de trabalhadores egípcios, declaramos nossa rejeição absoluta do deslocamento do povo palestino”, destacou a carta, ao notar que as declarações de Trump “constituem um ataque direto e flagrante contra a soberania e a segurança das nações árabes, além de violação da lei internacional”.

A carta, submetida em árabe e inglês, observou ainda que qualquer passo no sentido da transferência compulsória das comunidades palestinas representa “crime contra a humanidade [e] apoio a esforços de limpeza étnica, em completo desprezo ao direito do povo palestino por sua autodeterminação”.

Os sindicatos reiteraram a importância da rejeição do governo do Egito, sob a presidência de Abdel Fattah el-Sisi, e reivindicaram a manutenção de políticas favoráveis ao direito legítimo de um Estado palestino independente com Jerusalém como sua capital.

Os signatários reivindicaram de Trump que se retrate por suas declarações e encerre a cumplicidade americana com a ocupação e a agressão israelense contra os palestinos, ao destacar que a estabilidade regional depende de uma solução justa e abrangente a sua causa legítima.

Entre os signatários, estão sindicatos de jornalistas, engenheiros, advogados, médicos, atores, cineastas, odontologistas, veterinários e comerciantes.

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